Christina Ricci é um paradoxo de Hollywood: a gente gosta dela porque ela só faz filme ruim ou ela só faz filme ruim pra gente gostar dela?
Brincadeiras à parte, La Ricci só faz filme ruim ponto final.
Monstrous, sua nova empreitada, não falha à regra.
Mas se ela só faz filme ruim, porque a gente gosta tanto dela?
Porque ela tem a maior cara de gente boa e fofa do mundo.
Mas ela só faz filme ruim!
Mas ela some, tem vida quase reclusa, sem escândalos.
Mas ela só faz filme ruim.
Mas dizem que é uma ótima mãe. E tem uma filha chamada Cleopatra.
Mas ela só faz filme ruim.
E Monstrous não é exceção, um filme onde ela é Laura, uma mulher que chega com seu filho pequeno para morar em uma casa linda à beira de um lago, no meio do nada.
E logo a gente descobre que ela está fugindo de alguma coisa, já que fala para sua mãe não dar seu endereço para ninguém, nem para seus melhores amigos, muito menos para seu ex marido.
Claro que para a história funcionar o filme se passa, sei lá, nos anos 1960/50, bem antes dos GPS’s da vida.
O problema é que o diretor Chris Sivertson (amigão de um amigo meu que diz que ele é o máximo) erra o tempo todo.
O filme é mal escrito, tem um roteiro sem graça demais, onde as coisas que acontecem não são suficientes para contar a história que no fim a gente entende que ele quer contar.
Só que chegar ao fim é um calvário: a gente atravessa mares de sono, desertos de preguiça e exércitos de personagens sem graça para no final termos uma surpresinha que a gente já entendeu lá nos primeiros 10 minutos de filme.
E mesmo assim a gente ama a Christina Ricci porque eu concluo que ela está em Hollywood para ajudar diretores bem intencionados a fazerem filmes ruins.
Como esse Monstrous.
NOTA: 1/2