Se esta resenha um vídeo fosse, você estaria vendo minha cara de felicidade por falar de mais um filme doidão disponível para ser visto de graça no Fantaspoa.
Upurga é o nome de uma parte bem pitoresca de uma floresta na Letônia, país lindão de onde vem este filme lindão, floresta esta que fica bem nos limites da Estônia.
Uma equipe bem amadora de filmagem resolve ir para Upurga fazer um vídeo institucional de uma salsicha vegana na cara e na coragem, sem guia, sem ajuda nenhuma.
Andrejs, um guia de aventura que é traumatizado por aventuras, por acaso é irmão da atriz barra influenciadora que é a estrela do anúncio e se oferece para cuidar da equipe nos 2 dias que por lá passarão.
Claro que o povo que “trabalha com audiovisual” se acha o máximo, todo mundo espertão só fazendo burrada e Andrejs tendo que consertar uma depois da outra para que primeiro, eles não sejam expulsos da floresta pelo delegado do local e pior ainda, eles não se percam pelo meio do mato e nem se afoguem no rio gelado onde eles resolvem gravar algumas cenas.
Por mais cuidado que o guia toma, os 4 da equipe saem para um rolezinho pela floresta e não voltam mais, para desespero de Andrejs que começa a se desesperar achando que seu trauma era real o suficiente para ele deixar de lado.
Para sua surpresa, a diretora do vídeo aparece do nada, saindo doidona do meio da floresta, bem doidona mesmo, querendo transar, com os olhos esbugalhados, gritando e Andrejs entra na dela (ops), sem saber o que realmente está acontecendo.
A partir daí, nada mais é como o guia achou que seria.
Upurga é um filme que mais parece uma bad trip de alguma droga muito errada. Veja bem bad trip de droga errada mesmo.
Por algumas cenas em lembrei daquelas histórias do povo louco de “sais de banho”, lembra dessas histórias uns anos atrás?
Upurga acaba sendo um novo tipo de suspense onde o único personagem sóbrio da história, perdido no meio de uma floresta, procura sua irmã e uns amigos que ele não sabe onde estão e principalmente não faz ideia que eles na verdade estão sofrendo de uns surtos psicóticos.
Ou assim é o que parece, porque pra nossa sorte, nesse filme é uma surpresa atrás da outra.
O filme tem momentos brilhantes e momentos estranhos, daqueles que eu achei que tivesse dado uma cochilada até, porque é doideira atrás de doideira e não só com o núcleo doido do filme, o que me deixou bem impressionado com a ousadia da direção de Ugis Olte, um cara que estreia em longas lindamente, depois de uma carreira bem prolífica no audiovisual e que me assustou de cara porque eu achei que seria um filme de found footage, que eu não curto, mas eu arrisquei e me dei muito bem.
Mais uma vez vou elogiar o Fantaspoa que cada vez mais vem abrindo sua programação para esses filmes bizarros e surreais e doidos e o mais legal ainda, vindos de cinematografias “periféricas”, que eu amo tanto.
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NOTA:
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