Como é bom ver o nome do Sam Raimi nos créditos de um filme novo.
Tá, não é o Dr Estranho ainda, mas em Umma ele é o produtor, provavelmente o cara que levantou o dinheiro pra produzir a estreia da diretora Iris Shim.
Ela tem alguns curtas premiados e parece que bem bons, que serviram como cartão de visita para ela fazer esse horror sobre uma mãe desgraçada do mal.
O mais legal de Umma é ser estrelado pela maravilhosa Sandra Oh, a atriz coreana canadense de Killing Eve, que entrou de cabeça nessa história cheia de lendas e mistérios coreanos.
Amanda (Sandra) é mãe de Chris e as duas vivem criando abelhas longe da civilização porque, segundo a mãe, ela tem um problema grave de saúde, que não pode estar na presença de eletricidade, de motores.
Um dia chega na casa delas um tio coreano “perdido” de Amanda com os “restos mortais” de sua mãe, de quem ela se separou há anos.
A recepção ao tio é tão radical quanto os sonhos horrorosos que Amanda tem quase que diariamente, principalmente quando chove forte e ela ouve raios e trovões ao longe.
Inclusive sua filha Chris não sabia nem da existência da avó, o que a deixa chocada, porque sempre achou que a mãe havia sido adotada por ser órfã.
Aos poucos, a vida da família de 2 vai mudando pela presença dos resquícios da avó que vai se tornando mais e mais influente na vida de Amanda e por consequência, na vida de Chris, que chega a conclusão que a mãe tem sérios problemas mentais.
Umma me lembrou muito Hellbender, meu preferido de 2021, sobre mãe e filha que moram no meio do nada, só que lá a filha que tem uma “doença” grave que faz com que ela não possa chegar perto de outras pessoas. O que deu num filme muito, mas muito bom.
Quando eu disse que a grande coisa de Umma era Sandra Oh, reitero dizendo que toda a fantasia criada em torno da cultura milenar coreana também é incrível, um detalhe mais incrível que outro, fazendo do filme uma boa surpresa mas acho que a diretora tem potencial para melhorar muito.
NOTA: 1/2