Que surpresa ótima que é este filme.
The Feast é um filme do país de Gales, falado em galês, o que é ótimo, e é baseado em uma lenda local bem do mal, o que é mais legal ainda.
Uma família bem rica marca um jantar para apresentar seus vizinhos de terreno a um empreendedor, um cara rico e sem nenhum escrúpulo, claro.
Esse cara encontrou na divisa dos terrenos de ambas as propriedades resquícios de cavernas que nunca haviam sido catalogadas por arqueólogos o que por si só já daria uma valorizada absurda nas propriedades.
Por isso ele tenta convencer a vizinha, com a ajuda da família de fazendeiros que ficou rica entrando no esquema do milionário tosco.
Só que a vizinha não quer papo nenhum porque diz a lenda que exatamente naquela parte do terreno, séculos atrás, foi enterrada uma bruxa.
Mas aquela era um tipo de bruxa que tinha que ser enterrada viva, a típica bruxa de lendas britânicas.
O tal do jantar vai dando mais e mais errado, a festa que eles pensaram que seria, para convencer a vizinha e celebrar a entrada de dinheiro acaba não sendo exatamente como esperado.
Essa história toda ainda é quase protagonizada por Cadi, uma jovem que vive no povoado perto, que foi contratada pelos ricaços para servir o jantar.
E Cadi é estranha, calada, assustada mas faz o serviço como tem que ser feito.
Tudo é estranho em The Feast, não se encaixa direito e esse é o segredo do filme.
Quando a gente vai entendendo o que realmente está acontecendo, a surpresa é das melhores.
E tem mais.
O roteiro do diretor Lee Haven Jones é bem escrito o suficiente para nos levar a caminhos e possibilidades das mais diversas que nos levam a um final surpreendente.
O filme é bem feito, bem nessa linha de diretores moderninhos que conseguem editar muito bem para aumentar ao máximo a tensão de horror, diferente dos filmes de horror porcaria que ainda dependem dos sustinhos que não levam a nada, a não ser satisfação imediata.
NOTA: 1/2