Martyrs Lane é um belo de um filminho inglês de casa mal assombrada.
Ou melhor, Martyrs Lane é um belo de um filminho inglês de fantasma.
De uma menina fantasma bem da filha da mãe.
O filme se passa na casa de Leah, uma pré adolescente que vive com sua família em uma casa bacana, sendo que seu pai é pastor/padre, sua mãe tá sempre chorando e sua irmã mais velha, adolescente chata demais que enche o saco da menina.
O problema é que Leah começa sentir um monte de coisas estranhas pela casa, primeiro achando uns objetos sujos de sangue, que ela guarda em uma caixinha tentando encontrar ligação entre eles.
Depois Leah começa receber visitas da menina fantasma, muito bonitinha, com uma roupa branca, bem loirinha, só que obviamente, longe de ser uma gasparzinha, a fantasminha camarada.
De repente as aparições da fantasma começam a serem mais constantes e ela começa a interferir na casa e em todos que lá moram, inclusive uma nova inquilina, uma mãe sem teto com seu filho pequeno que o pai de Leah hospeda por lá.
Só que essa mulher é a primeira a sentir que alguma coisa muito errada está acontecendo na casa e tenta tomar a primeira medido radical de várias que deveriam também ser tomadas, em um filme onde surpresas e as tais decisões são muito importantes para a história.
O clima de Martyrs Lane é aquele clássico gótico inglês, de casa do mal, fantasma do mal, gente boba que não se dá conta de onde está morando e de um monte de obviedade que só não enxerga quem não quer.
O filme dirigido por Ruth Platt, que já foi comprado pela Shudder e que logo deve estrear, é mais um do time dos filmes que se apegam a situações e cinematografia mais clássica, como Hellbender e Todas as Luas, no sentido de talvez tentar não só homenagear mas sim de recriar uma tradição clássica de horror, o que eu vinha sentindo muita falta ultimamente.
Martyrs Lane poderia ter uma ligação fantasmagórica com Relíquia, no sentido de serem filmes familiares, com casa mal assombrada e com os 2 pés enfiados no horror gótico.
NOTA: