Prince: The Peach and Black Times é um documentário obrigatório não só para quem gosta do Deus Prince.
Mas também um filme para quem tem interesse em como funciona a criação artística.
Não só na criação musical, mas neste caso, também para entendermos da produção de um dos shows mais incríveis da história do século XX.
Este documentário, criado para o lançamento de uma edição especial alemã do show de lançamento do álbum Sign ‘O’The Times, um dos álbuns da minha vida, o melhor do Prince, é uma delícia.
O documentário entrevista absolutamente todo mundo ligado à criação do show, do conceito via Prince, que cuidava de tudo milimetricamente.
A fama de perfeccionista do baixinho se confirma com as entrevistas de todos os ligados ao álbum e ao show.
O que me deixou muito feliz vendo o documentário foi a possibilidade de continuar a entender todo o legado e a genialidade de Prince.
Saber detalhes de como ele escolhia sua roupa, ou como ele quebrava suas guitarras, ou como ele decorava as coreografias é um absurdo de lindo.
Sign ‘O’The Times não só é o melhor álbum do Prince mas também um dos melhores álbuns de todos os tempos.
Claro que não podemos nos esquecer que Prince também lançou coisas absurdas como os álbuns Purple Rain e 1999, mas Sign ‘O’The Times está num nível acima de todo o resto.
Prince ali atingiu um patamar no Olimpo dos poucos Deuses da Arte com A maiúscula e a cereja do bolo foi na questão do show.
Ele resolveu fazer uma turnê mundial, passou por Lyon na França onde eu morava na época e pude assistir, mas resolveu não fazer shows nos EUA.
E por lá lançar apenas o filme do show.
Quase todos os shows foram filmados, como contam neste documentário.
Imaginem a quantidade de material disponível para a edição do filme do show.
O show tinha toda uma historinha que começava com Prince dando em cima da Cat, a principal dançarina do show e também backing vocal, que aparece muito neste documentário, coisa mais linda.
Os caras tiveram tanto “capricho” e cuidado que quando a turnê mundial acabou, a equipe montou o palco da turnê em Paisley Park, o estúdios do Prince, e lá filmaram todos os closes que não foram filmados nos shows.
Resumindo, documento incrível sobre criação, realização e entrega de uma obra prima.
NOTA: 1/2
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