Awake é o novo drama de ficção científica lançado pela Netflix com uma ideia boa muito, mas muito, mas muito mal realizado.
Um evento eletromagnético, em princípio solar, faz com que todas as máquinas parem de funcionar.
E o pior: uma área do cérebro humano que regula o sono também para de funcionar.
Ninguém mais dorme.
E todo mundo começa a pirar, já que ninguém mais dorme.
A não ser por algumas poucas pessoas.
A não ser, também, por alguns carros que funcionam, já que tem “baterias antigas”e nenhum outro componente eletrônico no carro. (não sei se isso é possível, mas vá lá)
Uma mãe, Jill (vivida pela ótima Gina Rodriguez, que vem se esforçando cada vez mais para se livrar de sua famosa Jane, A Virgem), tenta como pode sobreviver à loucura toda com seus 2 filhos, um adolescente claro que chato e de uns 17 anos de idade e uma menina de seus 12 anos que tem um detalhe importante: ela consegue dormir.
Lembra daquela “beleza” de filme com a Sandra Bullock, Bird Box, também lançado com estardalhaço pela Netflix e que todo mundo vomitava no final de tão ruim que era o roteiro?
Tá, a gente não vomitava no final porque a gente não teve essa sorte, mas o filme era tão ruim que merecia uma gorfada homenageando.
Awake é a versão latina de Bird Box.
Tudo que aquele filme tinha de branco americano, este tem de latino nos EUA.
Awake é a história da mãe e seus 2 filhos tentando sobreviver indo diretamente para a jaula dos leões, em um monte de resoluções estúpidas e obviamente erradas.
Todas em absoluto.
E o pior: Awake é aquele tipo de filme que vai deixando personagem pra trás, que em princípio é importante no roteiro e de repente, some.
O tipo de filme que eu particularmente odeio.
Jill, a mãe, tem consciência de sua morte e de seu filho e resolve ensinar a filha a sobreviver, já que ela dorme e provavelmente vai ser a repovoadora do planeta Terra, se por sorte mais alguém sobreviver com ela.
E as dicas que Jill dá para a filha são sobre como tirar combustível de carros largados usando mangueirinha, como ler tudo o que pode em bibliotecas e de como ela tem que ter medo de homens.
E só.
Mas dá o mau exemplo o tempo todo enquanto fogem não se sabe de quem e vão para um acampamento do exército que estuda uma outra mulher que também consegue dormir: a jaula dos leões.
O roteiro ruim e cheio de furos e cheio de personagens que some, só vai piorando a medida que o filme vai se desenvolvendo.
E mais uma vez eles tentam justificar as escolhas estúpidas pelo fato do filme se passar em uma realidade meio que paralela, em uma distopia, algo que nunca foi vivido antes então as escolhas podem ser as mais estúpidas e nada a ver possíveis.
O lixo que é Awaken, no final das contas, teria uma serventia nesse mundo todo errado: era só as pessoas assistirem o filme que dormiriam rapidinho, com certeza.
E o mundo seria salvo.
NOTA:
Xoxo em 30 segundos ou menos:
Trailer: