O Pai é o drama búlgaro que tentou sem sucesso uma vaga ao Oscar de filme internacional esse ano.
E apesar de todo hype, de ter nota máxima no Rotten Tomatoes, pra mim é um filme bacana e só.
O Pai é um drama onde um cara reencontra seu pai no funeral de sua mãe e pelos próximos 2 dias rola uma reaproximação bem mal sucedida, apesar de toda tentativa de ambas as partes.
Como acontece em qualquer família, principalmente em épocas extremas como é um luto.
O filho é casado, ou tem uma companheira, com quem fala pelo telefone o tempo inteiro e pra quem mente o tempo todo sobre onde está.
O pai parece ser um cara bem interessante, com jeito de artista frustrado, ligado em umas ideias esotéricas estranhas, pelas quais pretende entrar em contato com sua esposa recém morta, já que ele (e outras pessoas da família) acha que ela foi embora sem deixar um último recado.
O que acontece é que o filho, por menos que tenha uma aproximação com o pai e por menos que queira se reaproximar, se sente obrigado ou compelido, se preferirem, a não abandonar o pai achando que ele pode se enfiar em uma roubada grande.
E essa proximidade de última hora obrigatória seria o que faria com que ambos percebessem que a vida lhes colocou juntos finalmente agora que a mãe/esposa morreu, quem provavelmente fazia com que pai e filho se suportassem.
Mas talvez o filme de Kristina Grozeva e Petar Valchanov não seja nada disso, tenha uma outra leitura bem mais profunda e psicanalítica como um momento específico deixou quase clara essa possibilidade.
E se eu estiver errado e o filme for por outro caminho, é tudo muito mais besta e pretensioso ainda.
Mas o filme é bom, interessante, com 2 atores que se entregam bem aos papeis e fazem com que a gente odeie ambos, o que só comprova que sim, eles são pais e filhos, um puxou o outro mesmo.
NOTA:
Resenha em 30 segundos:
Trailer: