Em português Mulheres da Vida, esse drama é o filmes escolhido pela Bélgica para concorrer a uma vaga ao Oscar de filme internacional em 2021.
Duvido que fique inclusive na pré lista de indicados.
O filme é bem feito, o elenco é ótimo, mas que roteiro fraquinho.
Filles de Joie são Axelle, Conso e Dominique, 3 amigas francesas que todos os dias atravessam a fronteira belga para trabalharem como prostitutas no país vizinho.
Não sabemos o porquê mas talvez seja porque lá elas não seriam reconhecidas por clientes, sei lá.
O bom do filme é o dia a dia delas do lado francês, não quando estão no bordel, apesar dessas sequências serem fundamentais para a desglamurização da prostituição em filmes.
Os quartos são horríveis, cheios de toalhas, sem frescura nenhuma.
Elas trabalham, se limpam, se lavam e voltam a esperar o próximo cliente.
E outra coisa boa é que lá, enquanto trabalham, naquele ambiente, elas não falam ou pensam em problemas familiares, nos detalhes rotineiros.
Talvez essa, na verdade seja a razão delas trabalharem lá.
Mas quando voltam pra França, pra casa é que as coisas pegam com Axelle cuidando de sua mãe e de seus filhos sem ajuda do ex marido escroto.
Conso tendo que aguentar a filha adolescente estúpida e ingrata, o filho preferido pedindo dinheiro e o marido que não sai do sofá.
Já Dominique precisa lidar com a história real do amante que lhe promete casamento mas que vai ao bordel comemorar o nascimento do filho com amigos, sendo que ela mal sabia que ele era casado.
Parece que a fronteira de países faz com que as coisas se separem mesmo.
Na França é o choque de realidade enquanto na Bélgica, o trabalho duro e cansativo faz com que eas não pensem em mais nada.
Até que tudo se misturo e as 3 não encontram sossego em lugar nenhum
Filles de Joie não é nenhuma obra prima, não tem nenhum mérito cinematográfico incrível mas é um filme bem acima da média do que estamos acostumados a ver por aí.
NOTA: 1/2