O Dissidente é um dos poucos documentários que me faltavam assistir que estão muito cotados a participar dessa temporada de premiações nos EUA.
O Dissidente já se tornou um dos documentários obrigatórios para eu indicar a quem lê esse pobre escriba.
O filme é sobre a morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi.
Morte não, sobre a vida do jornalista que trabalhou 30 anos para a monarquia absolutista tirânica ditatorial da Arábia Saudita, de como ele conseguiu sair vivo, abrir os olhos e se transformar em um jornalista dissidente, um dos maiores opositores à monarquia.
Por isso, o filme também é sobre o assassinato brutal, insano, do dissidente Jamal Khashoggi dentro da embaixada Saudita na Turquia onde foi desmembrado e seus pedaços de lá levados e, provavelmente, porque ainda não há provas concretas, incinerados na casa do próprio embaixador.
Se a gente não aguenta mais se indignar com o que acontece na nossa cara, a indignação causada por esse filmaço é maior do que muito o que vivemos aqui e pior, porque o príncipe herdeiro conivente e provavelmente mandante dessa atrocidade é chapa do bozo brasileiro, não esqueçamos.
A investigação mostrada no filme, do jeito que é mostrada, é de tirar o chão dos pés.
Pelo menos pra mim foi.
Por mais que eu tenha acompanhado o caso com muita curiosidade à época, assistir em 2 horas o que eu vi em meses é um horror.
Entender que o mal existe, ter confirmação que o horror da vida real é sempre pior do que a gente assiste nos filmes que a gente tanto gosta, é a lição que precisamos para que pensemos mais, aprendamos mais, melhor e sempre.
NOTA: 1/2