Existem vários filmes ótimos com sequências muito boas de festas em casa tipo Bonequinha de Luxo, 24 Hour Party People, Um Convidado Bem Trapalhão, Hair e muitos outros.
Lovers Rock, o segundo filme da saga Small Axe do diretor inglês Steve McQueen, produzida pela Amazon, é um filme que se passa inteiramente em uma festa em casa, do começo da noite ao começo do outro dia, no início dos anos 1980 em Londres onde imigrantes da Jamaica e alhures se encontram e dançam, cantam, se divertem, brigam, discutem, se beijam, se conhecem até não poderem mais.
Tudo com a melhor trilha sonora possível e inimaginável, já que é uma surpresa atrás da outra.
Como disse a querida Ana Bean, o meu spotify também pirou com a quantidade de raga e reggae que eu não paro de ouvir com a playlist do filme.
Lovers Rock é a sequência do maravilhoso Mangrove, filme politicão e se eu achava que McQueen fosse relaxar no discurso com a festa de Lovers Rock, me enganei, porque a crítica não para, não para, não para não.
Acredito que você que chegou lendo até aqui esteja se perguntando “mas será que um filme inteiro em uma única festa é bom mesmo?”.
Caríssimi, garanto que sim.
Steve McQueen sabe exatamente o que está fazendo e o melhor, como está fazendo.
O roteiro do filme, que parece um roteiro de uma comédia romântica, é embalado por imagens que o elevam a patamares nunca alcançados pelo gênero açucarado (que eu tanto gosto, que fique claro).
Aliás, Lovers Rock pode ser considerado a comédia romântica raga da série Small Axe.
E olha que a dica está no título e eu nem me liguei na hora.
Martha é uma garota de 16 anos de idade que sai a noite escondida da casa dos pais para encontrar sua amiga Patty e irem juntas à festa onde lá conhece Franky com quem passa a noite dançando e cortejando e curtindo sua primeira festa.
Se Mangrove era imperdível, Lovers Rock é obrigatório e já tá no top 5 claquetes do ano.
NOTA: