Vários choques nesse post.
Choque número 1: nunca pensei que fosse curtir um filme de tiro, porrada e bomba, literalmente, em pleno fim de 2020.
Choque número 2: nunca pensei que fosse assistir outro filme com o Mel Gibson .
Choque número 3: Boss Level, o tal filme, com o tal Gibson não só é bom como é uma ficção científica de amorzinho, disfarçada de filme de ação que funciona muito.
Frank Grillo (sim, ele é o ator principal do filme e funciona muito) é Roy Pulver, um fortão bonitãoão que a gente não sabe se ele foi do exército e virou um assassino de aluguel ou um mercenário, mas parece ser bem gente boa.
Um dia ele vai visitar sua ex esposa Jemma (Naomi Watts, acredita?) que é uma super cientista fodona que parece estar criando uma máquina do tempo ou algo parecido.
Só que o chefe da Dra. Jemma, o bilionário caricato fumante de charuto também ex exército e vivido pelo Mel Gibson não gosta nada da visita do bonitão que acaba criando uma treta que a gente também não entende direito a razão, provavelmente porque o cara é mais jovem e mais forte e mais gato que ele.
Nessa visita, a cientista pega uns pedaços de cabelo e pele e DNA do ex, sem que ele perceba percebendo e dá umas dicas pro fofo e um livro sobre Isis e Osiris.
No outro dia, quando acorda, Roy morre e acorda de novo e revive o dia anterior até que morre de novo e assim sucessivamente até que ele vai tentando entender o que está acontecendo com ele, como está acontecendo e claro, o porquê daquilo tudo estar acontecendo.
Sim, minha gente, Boss Level é O Feitiço do Tempo dos filmes de ação, com muito tiro, muita porrada e muita bomba.
O roteiro é bem inteligente, esperto e engraçadinho e fofo, acredite se quiser, com os 2 pés nos games, referências a Street Fighter, arcade, só que referências boas que fazem sentido para a história.
Claro que é cheio de furos e detalhes não tão bem explicados, mas que a gente deixa passar em um filme tão bobo quanto esse, onde o que importa são as cenas de ação que contam a história mais do que as explicações de física.
Mas o mais legal do roteiro é a forma como a história se desenrola, como o personagem principal vai entendendo a razão de tudo e como tudo funciona e o melhor, de como ele pode corrigir erros de seu passado.
Piegas? Até é, mas é fofo.
Como eu disse, Boss Level é uma ficção científica de amor, romântica, com um propósito.
Tá exagerei.
Mas prometo que o filme é um dos mais divertidos desse final de ano, onde além do trio citado ainda tem um elenco de coadjuvantes bem bons com atores do nível de Michelle Yeoh e Ken Jeong.
NOTA: