Um Dia Muito Claro é o filme islandês que tentou ser indicado ao Oscar desse ano e não foi o que não quer dizer muito no ano do Parasita, já que ninguém mais teria chance.
O filme tem uma das melhores sequências de abertura dos últimos tempos e uma das melhores histórias contadas.
Muito bem contadas.
Um Dia Muito Claro se passa numa cidadezinha remota da Islândia (agora pensa o que é uma cidade remota de um dos países mais remotos. É linda)
O filme conta a história de um policial que pira com a morte de sua esposa em um acidente de carro.
Aos poucos ele começa a suspeitar que ela teria um caso, o que leva o policial a um caminho de obsessão e vingança que meio que acaba com sua vida, da sua família, principalmente de sua neta que não a larga e em um momento a vida do possível amante da esposa morta.
O diretor Hlynur Pálmason conta a história de seu personagem principal através de sua relação com a neta, uma menina de seus 9 anos de idade.
Parece que Pálmason pega nossa mão e nos leva por um caminho pré determinado, como o avô faz quando leva sua neta para cima e para baixo.
A relação de amor dos personagens é a mesma do diretor com seu público.
E como o velho vai saindo do seu eixo à medida que sua obsessão vai aumentando, o diretor não nos deixa largar sua mão para nos protegermos do que vem por aí.
Um Dia Muito Claro é o filme para ser visto com admiração, sorvido em goles longos e saborosos, nem sempre com os mais doces deles, por vezes bem amargos.
NOTA: 1/2