Se a gente pensar 12 Hour Shift sob o prisma do empoderamento feminino, do poder da mulher, o filme é ótimo basicamente por ter sido escrito, dirigido, produzido, editado por mulheres e com um elenco de personagens principais femininas ótimas.
Mas se pensarmos em 12 Hour Shift só como um horror quase engraçado, o filme decepciona. Muito.
O turno de 12 horas do título é de uma enfermeira junkie em um hospital tosco onde além dela cheirar e tomar tudo o que encontra pela frente, ela e sua chefe ainda roubam e vendem órgãos.
De pacientes que elas matam com cândida.
Obviamente tudo dá errado nessas 12 horas, a começar por um “rim” que elas acabaram de entregar pra prima da enfermeira que é o contato delas com os bandidões traficantes.
Detalhe que a prima estúpida perde o rim e tem que voltar pro hospital pra conseguir outro se não ela mesma vai ser morta e ter seu rim tirado.
E lá vai ela pro hospital.
Além disso, a rotina desse hospital é bem abilolada, com um assassino a ser atendido na emergência, uma mulher doidona e sua filha nervosíssima, policiais abestados, um paciente esperando para ser atendido que enche o saco das enfermeiras.
O problema de 12 Hour Shift é a falta total de dinheiro que joga contra o plano da diretora.
Ao invés dela assumir a tosquice esteticamente, ela preferiu contar a história tosca de uma maneira classiquinha.
Falta sangue, tripas, close de feridas.
Falta malvado do mal mesmo, mocinho bonzinho e uma historia de amor cafona pra contra balançar tudo.
Falta produção, falta roteiro, falta direção e sobra elenco interessante que não consegue salvar o filme.
Ah e tem o David Arquette de brinde, como o assassino internado no papel mais aleatório de sua carreira aleatória.
NOTA: 1/2