Eu odeio horror de “found footage”, aqueles filmes com histórias recontadas a partir de imagens encontradas em câmeras ou em fitas perdidas, sabe.
Claro que eu gosto demais de A Bruxa de Blair e mais uns 2 ou 3, mas o estilo que começou há tão pouco tempo, pra mim, se esvaziou tão rápido quanto.
Até que essa semana lançam pelas internets pandêmicas da vida Host, um horror de laptop.
Sim, Host é um filme com 56 minutos, mais ou menos e se passa inteiro em uma chamada de Zoom, onde amigas contratam uma vidente para falarem com os espíritos.
Pelo computador.
Na pandemia.
Que ideia mais tosca é essa, meninas.
A ligação começa sussa, só com um dos participantes tendo que sair e tal, mas sem nada demais.
Até que uma das meninas quebra a primeira regra de brincadeiras do copo e tábuas ouija e qualquer outra forma de invocar espírito: não tirar sarro nem fazer piada nem zoar nem nada do tipo com os espíritos.
Daí já era.
A chamada do Zoom vira um pandemônio e as meninas piram.
Pontos fortes positivos do filme: ele é todo realizado para acontecer em todos os tipos de aparelhos eletrônicos que as personagens usam para participarem da chamada. E isso é feito lindamente, sem nenhum buraco de roteiro, em princípio.
Celular, laptop, ipad, computador de mesa, tudo funciona direitinho.
Chamada que cai, que volta, um que sai, outro que entra, tudo feito pra distrair e aumentar a tesão e que funciona muito bem.
Ponto negativo forte: a sensitiva que coordena a invocação espiritual. A ideia de Host é boa, bem realizada, levei uns belos sustos que não esperava mesmo mas é aquela coisa feita pela cartilha de jump scare em found footage, típico filme da Shudder, a produtora de horror quase boa.
Dá pra se divertir.
Ah, e sem ser corta barato, eu du-vi-d-o-dó que tenha sido rodado na pandemia. A cena da máscara é muito besta, parece que feita depois pra se encaixar no filme mesmo. Mas tá valendo.
NOTA: 1/2