Como eu sou um cara bem bacana AND ótimo AND… vou dar uma dica de um #alertafilmão perdido na Netflix: o francês Alerta Lobo.
Obrigado.
De nada.
Que filme, ma pipou.
Fiquei sabendo dele porque acabou de vencer o César de Melhor Som e já corri (aliás, amanhã vai ter post sobre o escândalo do César premiando o pedófilo Polanski).
Acredite se quiser, Alerta Lobo é um filme francês de submarino de guerra. Nem imaginaria que alguém, que não americano. Pior ainda, fiquei imaginando um filme brasileiro sobre um submarino. Se bem que já fizeram obviamente uma comédia meio sobre, né?
Alerta Lobo na verdade é mais sobre um oficial da marinha francesa que trabalha num submarino fodão ouvindo sons subaquáticos e os identificando.
Sim, o cara ouve sons embaixo da água e sabe dizer exatamente o que ouviu.
Fodão o suficiente pra você?
Um dia, em uma ação oficial, ele ouve um som que não consegue distinguir, não sabe se é um submarino ou uma baleia doente. Sério. E fica intrigado por isso.
A missão quase acaba mal e ele acha que foi por sua culpa, por não ter conseguido identificar aquele som. E vai tentar descobrir o que era, sozinho mesmo, já que seu superior acha ele patético, primeiro por ter falhado miseravelmente na missão e segundo porque ele anda de meia no submarino, o que o faz ser ridicularizado por todo mundo.
Até que o jogo vira, amiguinhos, claro. Só que o jogo virar não significa reviravolta de roteiro ou qualquer coisa mirabolante que acaba tirando um coelho da cartola para resolver problemas em princípio insolúveis.
O filme do estreante (promissor) Antonin Baudry poderia ser daqueles thrillers de deixar todo mundo roendo as unhas, com tensão a flor da pele, mas ele sabiamente escolheu um caminho não óbvio e mais complexo, o do drama de vários personagens serem mais relevantes que o drama da própria história.
Aliás, essa historinha que contei do cara ouvir a baleia doente é o comecinho de nada do filme.
Alerta Lobo é maior e mais profundo (ops) ainda, mais do que eu esperava.
O cara ter ouvido absoluto, saber distinguir uma baleia sã de um submarino nuclear, que poderia ter uma carreira de sucesso como, por exemplo, produtor musical e troca isso por ser o nerd do som da marinha, em meio a milhares de nerds é a grande coisa do filme.
Focar no drama pessoal e deixar a ação e os milhões de euros de efeitos especiais de lado é algo que só poderia acontecer na França mesmo.
NOTA: