Already Gone é a prova cabal de que uma personagem ruim pode acabar com um filme que poderia ser bem bacana.
O filme conta a história de um adolescente que se descobre grafiteiro (olha só, mais um como em Artik) e assim descarrega o que sofre com seu padrasto abusivo (melhor papel do ainda-não-sei-se-é-gato Seann William Scott), que “cuida” dele desde a morte da mãe.
O moleque é apaixonadinho pela namorada do cara, uma quase adolescente stripper, que mora com eles e que num dia que apanha por não querer transar com um cliente do pai, foge com o moleque que aproveita e rouba uma mala com milhares de dólares do padrasto.
Depois desse interlúdio dramático na cidade, os dois caem na estrada cheios de dinheiro, sem destino e sem esperança.
E aí que o filme descamba. Não pela estrada, mas pela personagem da stripper. Que mina chata.
Ela é do tipo que dá textão, julga, faz pergunta e fica respondendo tudo ao mesmo tempo, sem deixar seu interlocutor pensar.
E é assim o tempo todo, a menina mais velha e mais esperta querendo mostrar pro moleque perdidinho que ela é o máximo, que está cuidando dele quando na verdade ela não está nem aí.
Ele acha que ela é sua namorada e ela acha que ele é no máximo o filho da vizinha que ela toma conta enquanto ela saiu com o namorado.
Apesar dos pesares, o filme tem uma outra parte bacana, quando o casal perdido encontra uma família latina com um restaurante/bar no emio da estrada e por lá ficam.
As historinhas são todas bonitinhas, o que estraga, obviamente, adivinha quem é? A fofa.
Already Gone é bonitinho, bem feitinho, dá pra uma distração mas mais que tudo é uma aulinha do que não fazer com uma personagem que era pra ser fofa.
NOTA: 1/2