Ontem eu fiz a burrada, ops, eu ousei assistir o filme que a Netflix indica como o filme númeo 1 da plataforma, o espanhol que é baseado em “real crime”.
Nada poderia ser mais apelativo do que essa chamada, né.
O Jogo da Viúva é baseado em uma história real, ou melhor, no final do filme eles dizem que o filme é baseado em algumas histórias reais, o que é legal
É a história de uma muié bem loka, Maje, Maria Jesus, que sai com todo mundo, dá pra todo mundo (como várias pessoas dizem no filme), não se importa com ninguém, mesmo se casando com Antonio, um cara bacana, que a amava de verdade, que sabia de suas escapadas e tudo mais.
Só que Maje, que também é comparada a Bela do Dia, a mulher que é a santa em casa a noite mas é uma prostituta durante o dia no filme do Buñuel estrelado por Catherine Deneuve.
Só que as referências são bem distantes, bem forçadas, bem texto de release que o povo replica sem ver o filme, ou sem entender nada.
E o pior é ler em alguns lugares o povo dizendo que o filme é uma “aula de roteiro, de atuação”, um filme “revolucionário”. O povo ama pagar pau pra Netflix pra ganhar boné e caneca no final do ano, né.
A história real aconteceu em Valência, na Espanha, em 2017, onde a tal Maju, que trabalhava como enferneira, convence um de seus amantes, também enfermeiro, a matar seu marido. Porque ela queria se casar já com outro cara, que não era o enfermeiro amante, nem o outro amante de antes, nem. o outro amante de depois.
Esse cara com quem ela queria ficar não sabia nem que ela era casada.
O que a gente vê aqui é um filme bem abaixo da média do que poderia ser um policial bem bom.
Toda a trajetória de Maje e seus homens é tão mal escrita e tem ainda um pé num erótico de quinta, com umas cenas de sexo constrangedoras onde Maje adora mostrar a bunda, adora gemer e adora olhar por cima do ombro, pra trás, pra sensualizar.
Que tistReza.
Apesar de tudo, O Jogo da Viúva não é de todo ruim.
Os momentos finais do filme é bem bom, mas bom mesmo, onde a gente vê o diretor Carlos Sedes tomando as rédeas do filme e colocando a câmera onde quer, como quer. Uma das sequências boas é quando Maje encontra seu amante assassino em um café, onde o encontro é monitorado pela polícia e os barulhos externos atrapalham esse monitoramento, o que a gente vê bem pelos closes e pela edição perfeita do filme.
Mas isso tudo é só no final mesmo, o que é uma pena, porque algum executivo da Netflix deve ter dito pro diretor: quero putaria, quero sexo, faça esse filme um policial erótico, bem de dedinho na boca e homem babando no mulher linda e gostosa.
Deixaram o final de lambuja pro diretor fazer como ele quisesse e é o que salva o filme. Foi por pouco.
NOTA: