Sacramento é daqueles filmes que tentam emular os indies dos anos 1990, começo dos 2000 que passavam em Sundance, os “filminhos lindinhos”, despretensiosos, com ele=nco de totais desconhecidos, onde a mais famosa era a Parker Posey que nem era famosa mas que fazia todos os filmes possíveis.
Só que Sacramento tem a Kristen Stewart, uma das atrizes mais caras e hypadas de Hollywood, agora diretora, lançou filme em Cannes e tudo mais. Mesmo que ela apareça em meia dúzia de cenas que devfem ter sido filmadas em 2 dias, ela tá lá e se bobear metade do orçamento do filme foi pro cachê da fofa.
Mas não só ela. Sacramento é estrelado pelo famosinho Michael Cera, aqui fazendo mais uma vez o papel dele mesmo, o cara idiotizado, chato, no limite do “aceitável”.
E também é estrelado pelo Michael Angarano, daqueles caras que a gente já viu em trocentas coisa e nunca lembra o nome.
Aqui ele é Rickey, amigo do Glenn, que ele não vê há muito tempo, tanto que nem sabe que a esposa de Glenn, Rosie (a Kristen) está grávida, prestes a parir.
E Glenn é tão nóia (o personagem do Cera) que não quer que o amigo saiba da gravidez e mesmo assim, aceita ir para Sacramento com o amigo sumido, numa viagem de carro de mais de 7 horas, para que mesmo? Jogar as cinzas do pai de Rickey que morreu há umas semanas.
Mentira, o cara quer ir lá ver sua ex, mãe de seu filho, que ele meio que abandonou porque é outro macho babaca infantilizado e idiotizado, apesar de não parecer.
Sacramento é um road movie, um filme de amizade, de saudade, de acerto de contas mas não como os indies europeus que eu tenho falado nos últimos dias.
Aqui a história é criada para agradar uma audiência que eu acho que não vai tanto ao cinema, o público idiotizado, nos seus 30 e alguns anos de idade, homens vivendo à sombra de suas esposas fodonas, sabe?
Pois é, Sacramento parece um filme feito a partir de um manual da mulher fodona casada com o homem bunda mole. Achei que pesou um pouco na mão na caricatura generalizada das personagens, principalmente sabendo que o filme foi escrito por 2 homens e dirigido por 1 deles, o próprio Michael Angarano que faz Rickey no filme, faznedo com que tudo pareça mais um mea culpa do que qualquer outra coisa.
Mas o filme é bonitinho, tranquilinho, mas meio sem graça demais pra mim.
Faltou conflito no filme que é cheio de conflitos, o que prova a minha teoria da mão pesada e das caricaturas exageradas demais.
NOTA: 1/2