Riley é um filme gay meio estranho. No sentido de que eu fiquei o filme inteiro achando que o protagonista preferia ficar no armeario e que o filme era a favor da decisão do cara.
Por isso eu achei estranho, porque quem em nossos tempos aplaude alguém por querer continuar sem dizer que é gay, com todas as consequências para terceiros que essa decisão possa causar.
Riley é Dakota Riley, o atleta da escola que é gay.
Ele sabe, ele dá várias dicas que é gay, ele sai com um cara mais velho constantemente, ele estea se entendendo, claro, mas mesmo assim ele tem uma namorada na escola com quem ele fica ocasionalmente mas quando chega na hora do sexo, fueen, ele diz estar com dor de cabeça ou com problemas ou que esqueceu o ferro ligado na tomada e vai embora.
Mas Riley não deixa de ficar olhando pros caras que jogam futebol com ele, não deixa de passar a mão no amigo que está dormindo na casa dele porque foi expulso de casa pela mãe.
Assim como não deixa de sair com o tal cara mais velho, com quem ele transa, devagar mas transa, e com quem ele tenta conversar mas o cara não tem muita paciência, tipo, quero beijar na boca, irmão.
Inclusive quando Riley pede para ele realizar um tipo de fantasia, o cara fica animado achando que vai pedir para ser amarrado ou algo assim.
Mas Dakota pede pra ele dizer “eu te amo”, pede pra chamá-lo de namorado, ao que o cara na hora diz não, tomando um puta susto, porque como todo mundo sabe é mais normal para um gay aceitar apanhar na cara na hora do sexo do que dizer eu te amo ou chamar o outro de namorado.
Fetiches e prioridades, certo?
Mas Riley o filme, apesar de todas as situações que colocam Riley o personagem na berlinda, para mim é um filme equivocado por passar a sensação de que o armário é uma opção razoável.
Pode até ser em casos extremos de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade onde não encontram um espaço seguro a sua volta para se abrirem.
Mas Dakota é um jovem bem classe média, que não precisaria ter essa atitude de continuar se escondendo e enganando a menina com dores de cabeça sempre na hora do rala e rola.
O filme é baseado na história real do diretor Benjamin Howard e eu só espero que ele esteja bem resolvido hoje em dia depois de “sofrer” tanto em sua adolescência.
Cada um tem experiências únicas em relação a tudo na vida, principalmente sobre sua vida sexual e quem sou eu pra julgar, certo? Mas na minha opinião um filme mais “didático” é sempre melhor que um mais bunda mole nas escolhas.
NOTA: