Vamos começar do começo: Drop é um filhote do Shyamalan. Pro bem e pro mal.
Um filme que poderia ter saído da cabecinha malucona do diretor do genial O Sexto Sentido e de todos os filmes ruins e péssimos e vergonhosos que ele fez depois disso. Não salva um.
Drop: Ameaça Anônima é dirigido por Christopher Landon, que fez muito horrorzinho bacana por aí, inclusive um preferido que é A Morte Te Dá Parabéns.
Drop é estrelado por uma preferida, a linda Meghann Fahy, que arrasava em The Bold Type, série bem da boa adolescentinha que agora tá na Netflix onde também está O Casal Perfeito, outra série incrível com ela e explodiu pro povão na temporada 2 de The White Lotus.
Aqui em Drop ela é Violet, viúva que depois de anos tem um encontro com um cara que conheceu em algum aplicativo. Pra ela poder sair, sua irmã fica cuidando de seu filho em casa, mas ela monitora tudo por câmeras ligadas ao seu celular, claro.
Ela chega ao restaurante chic escolhido, começa a conversar com pessoas no bar enquanto espera o cara que avisou que se atrasaria um pouco mas quando ele chega, Violet fica feliz porque o cara é bonitão e interessante, um fotógrafo que trabalha para o prefeito.
Além disso, Henry (o tadinho do bonitão Brandon Sklenar que sofreu no filme uó da Blake Lively que gerou tanta treta), o fotógrafo, é bem gente boa, tipo inédito.
Só que o problema começa quando o casal está indo para a mesa, que aliás tem uma linda vista da cidade: Violet começa a receber mensagens anônimas, drops, em seu celular e o que parece ser só uns memes engraçados, acaba virando um jogo onde a pessoa que envia as mensagens vai manipulando Violet de uma forma bizarra, fazendo com que ela atenda a todos os seus comandos.
E o pior: para provar que a pessoa está mesmo no poder, ela manda Violet olhar as câmeras de segurança de sua casa onde ela vie um homem encapuzado lá dentro.
Daí pra frente, Drop vira literalmente um filme do Shyamalan, onde a vítima vai sofrendo primeiro para obedecer os comandos, que vão virando mais e mais extremos enquanto o roteiro vai se virando nos 30 para nos convencer que tudo aquilo é super possível, porque em filmes deste tipo, qualquer passo em falso vai tudo por água abaixo.
Como a gente vê nos filmes do Shyamalan, um erro e um furo atrás do outro.
A direção boa do elenco dá a Drop uma força inesperada porque por mais enrolado que seja o roteiro, o casal Violet e Henry segura a onda nessa história mirabolante de gato e rato tecnológico, com invenções que são até razoáveis e o mais legal, em um cenário, o tal do restaurante chic, é perfeito pra tudo isso acontecer, já que Violet tenta como pode e como não pode se livrar dessa manipulação toda.
Uma pena é que Drop, como todos os filmes recentes que surfam na onda do mistério/thriller pop são descarteaveis demais.
Falta dinheiro e inteligência no roteiro porque só ser espertão nunca foi suficiente pra nada, muito menos para gerar um filme incrível.
NOTA: 1/2