Toda vez que assisto um filme de “terráqueos chegando em um planeta novo para começar a colonização”, tema que eu gosto bem, já espero alguma surpresa das boas.
Ash Planeta Parasita é exatamente sobre isso.
Uma nave tripulada chega ao tal planeta que eles não sabem ser parasita para começar o processo de povoamento e por consequência, de destruição do planeta, já que somos craques nisso.
O filme começa quando Riya (a mexicana Eiza Gonzáles, quase boa) acorda cheia de sangue nas mãos e na roupa, com um “rombo” do lado esquerdo da testa, sem saber absolutamente o que houve.
Ela sai andando pela nave e vai encontrando toda a pequena tripulação, todos os seus companheiros mortos, das formas mais estranhas possíveis.
Ela ouve várias mensagens do computador central que ela deveria dar um reboto na nave, por exemplo, mas ouve também que alguém esteja do lado de fora querendo entrar.
Ela abre a porta e depois que a pessoa entra, ela vai com tudo pra cima atacando ate que vê que é seu companheiro de jornada Brion (Aaron Paul).
Parêntese: sabemos que filme com o Aaron Paul não é bom, certo?
O cara só erra na mosca.
Mas a gente tenta, continua ver e ele vai ajudando Riya a voltar se lembrar e aos poucos a memória volta e ela descobre que…
Calma cocada, não vou contar mas a vontade é grande.
Ash é bacaninha, bonito, com uma bela trilha mas a direção de elenco é nula.
Cada um faz o que quer e em alguns momentos dá pra ver a cara de perdida principalmente de Eiza, que em planos longos ela precisa lutar, sentir dor, ficar com raiva, com mais raiva ainda e pelo que vi aqui ela não é assim tão competente pra tanto.
O filme é dirigido pelo Flying Lotus, um dos djs e produtores de música eletrônica mais legais hoje em atividade. E claro que ele também assina a trilha do filme, que é um dos pontos altos de Ash, elevando a horror a níveis quase fantasmagóricos.
A fotografia diferentona de Richard Bluck, mesmo cheio de luzes coloridas quase neon, consegue criar um clima de horror monstruoso dos bons bem na vibe de horror cósmico vermelho que tem virado moda nos últimos anos.
Mas o que é bom mesmo no filme são as cenas de luta, que segundo o diretor, foram inspiradas no Residente Evil.
A trilha criada por ele mesmo é deixada a Ryuichi Sakamoto, e John Carpenter e o tanto que Flying Lotus se inspirou para a criação, deveria ter se “esforçado” para um roteiro melhor, escrito por Jonni Remmler, roteiro esse que tem um buraco daqueles que eu pensei: seria que eu dormi e perdi o que aconteceu com tal personagem?
Na média geral o filme é bom e eu acho que o diretor logo chega lá, porque as ideias de seus filmes, em geral, são bem boas.
NOTA: 1/2