Eu tava conversando com um amigo esses dias que eu estava com saudades de assistir os documentários ingleses sobre sexo feitos pra tv, aqueles sobre bizarrices que os ingleses adoram e a gente assiste e penas “então tá bom”.
Paypigs é um desses documentários.
Não tão bom quanto os ingleses, porque lá na BBC, que produz esses filmes, o povo sabe fazer cinema e entende o mínimo de documentários mas a ideia é interessante.
Na verdade Paypigs, como os produtores querem que a gente o entenda, é um experimento sociológico.
Sei.
Basicamente um paypig, ou um finsub, é um homem que se satisfaz dando dinheiro para mulheres dominadoras. Sim, podem ser dominatrix mas não necessariamente. Eles não são os caras que pagam por uma foto do pé ou por um vídeo onde a mulher o humilha. O buraco é mais embaixo.
Neste filme nós vemos as apresentadoras de Chemical X, um podcast sobre sexo, Veronica e Alessia, se passando por 24 horas como “lifestyle dominatrix”, ou dominadoras que vivem banacdas por homens tão submissos e tão cheios de dinheiro que seu prazer é bancar a vida dessas mulheres “poderosas”.
Como o filme é um experimento sociológico, tudo é explicado por pessoas estudiosas em algumas áreas que tentam colocar o espectador o mais próximo possível dessa tara, ou desse fetiche, ou sei lá como mais isso é conhecido.
Também temos uma dessas “dominatrix de esstilo de vida” que, sem mostrar seu rosto, conta como vive há alguns anos sendo bancada por esses caras, que não só pagam suas contas, limpam suas casas, mas também pagam seus jantares e de suas amigas, pagam as noitadas dela com o namorado e por aí vai.
E vai-se longe.
Ela conta que já recebeu em mãos 40 mil dólares de um homem que ela nunca mais viu na vida. E esse tipo de homem tem uma denominação própria e o povo do filme encontra um desses que leva 5 mil dólares para as novas dominatrix e entrega em mãos para nunca mais.
Mais uma vez com um documentário desse “nicho” eu chego à conclusão que só sei que nada sei porque essa “filosofia” dos paypigs é tão específica e tão fascinante (ao contrário) que eu só queria um filme melhor sobre o assunto.
NOTA: