Les Rayons Gamma, Os Raios Gama, é um tipo de radiação eletromagnética, tipo raio X, que atravessa os nossos corpos, só que do mal.
Os Raios Gama, o filme, veio diretamente do Canadá e venceu com razão o Slamdance Festival 2025.
Os Raios Gama tem uma vibe meio Kids, só que sem as drogas e sem o sexo, até porque estamos falando dessa molecada dos dias de hoje que não gosta desses “detalhes”.
Só que eles tem os mesmos problemas da adolescência, da juventude, da entrada na vida adulta. Problemas com os pais, com a escola, com os amigos, com o “amor”, com dinheiro, com violência e muito mais.
Ah, pra piorar a situação toda, essa “molecada” que vive em Quebec, no Canadá, esses jovens todos vem de famílias de imigrantes africanos, principalmente de famílias marroquinas e argelinas que vivem no país dos sonhos, no Canadá super bacana, mas nem tanto.
Abdel tinha se preparado para passar um verão bem sossegado até que chega seu primo que há tempos não aparece e com toda sua personalidade efusiva, faz com que Abdel e seus amigos se acostumem com o amor à arte e à arquitetura de Omar.
Já Fatima tenta também uma vida tranquila sendo caixa de um supermercado aprendiz até que precisa lidar com uma cliente grossa. Depois de despedida, volta a trabalhar para cobrando dívidas de um traficante da região, voltando à vida de violência que tentava fugir.
Toussaint, o quietão que trabalha na pet shop e gosta de pescar, um dia encontra uma garrafa no lago com um número de telefone dentro e liga. E começa um tipo de relacionamento de telefone que o diretor Henry Bernadet assume em uma cena linda do menino encantado assistindo uma artista tocar theremin num parque, aquele instrumento que emite sons mesmo não encostando nele, assim como o amor de Toussaint, à distância, sem toque, sem nada.
Nesses detalhes bem interessantes que Bernadet tira seu filme da mesmice da comediazinha dramática e o eleva a um nível mais alto de um estilo bem desgastado.
NOTA: