Quando eu estou cobrindo o Slamdance Festival eu adoro assistir uma comédia romântica nova, vindo das profundezas do indie americano, um “lugar” que poderia ser bastante cínico mas que pra nossa sorte, onde lugar de muito amor.
Alice-Heart não é uma comédia romântica per se, é mais uma comédia fofa e bem dramática mas que para mim tem todos os elementos de um belo filme de amor, que no caso seria a própria Alice-Heart descobrindo o amor próprio.
Alice-Heart, já que todo mundo a chama pelo nome composto, é uma garota na faculdade que quer ser escritora e acaba largando os estudos em um átimo de revolta.
E com esta decisão ela vai ter que de uma vez por todas virar adulta, já que não tem mais dinheiro para pagar seu apartamento, por exemplo, porque quem realmente pagava era sua mãe que corta o privilégio no momento que sabe que sua filha não vai terminar a escola mesmo estando no último semestre.
Ela vai ter também que lidar com o namorado folgado terminando o relacionamento porque resolve ficar com uma nova versão de Alice-Heart, que ele conheceu numa viagem.
Vai ter que aprender a lidar com o professor que a expulsou de suas aulas porque ela o xingou e que acaba em suas mãos porque ela descobre um segredinho do fofo.
Tudo isso sob uma fotografia linda e fria em preto e branco contrastado mostrando que a falta de cor neste momento da vida de Alice-Heart afeta sim como sua história é contada.
Mas o grande trunfo do filme está nas mãos do diretor e roteirista Mike Macera que constrói personagens tão profundos e interessantes que fazem mais uma história de auto descoberta e crescimento ter uma personalidade incrível e uma personagem apaixonante como a Alice-Heart vivida pela ótima Lissa Carandang-Sweeney que some sob a personagem.
NOTA: