Ah pronto, lá vem o Fabiano de novo com mais um filme de viagem no tempo.
Sim aqui venho eu mesmo e o melhor, o filme é de Bernardo Britto, um diretor brasileiro que mora nos EUA e a música tema de Omni Loop é essa viagem psicodélica do Taiguara de 1970, que se chama Viagem, o que deixa Omni Loop mais fofo ainda.
O filme conta a história de de Zoya Lowe, uma cientista bem locona, física, que estuda viagens no tempo, autora de livros mas que ultimamente seo cuida da filha já grande e do marido e que está em seus últimos dias de vida.
Ela descobre que tem um buraco negro no peito e que a qualquer momento vai ser engolida pelo fenômeno.
Sim, imagina que doido você ter um buraco negro no peito e saber que tem cinco dias de vida e que depois vai ser tragado pelo buraco, como a gente vê em vídeos por aí de buracos negros funcionando e sugando tudo a sua volta.
Só que Zoya, vivida pela maravilhosa e sumida Mary-Louise Parker, a cientista malucona, tem um trunfo em sua manga: quando ela tinha 12 anos de idade, ela encontrou na rua um frasco de remédio com seu nome.
As pílulas do frasco a fazem voltar no tempo exatamente 5 dias, o que ela usou algumas vezes para resolver questões na sua vida mas que agora ela usa para tentar se salvar.
Loop Infinito, o loop eterno, é mais um filme de viagem no tempo sendo usada para o bem, o que pra mim é o melhor dos motivos. Apesar de também amar uma viagem no tempo usada para roubar alguma coisa ou para enganar as pessoas, claro.
Mas aqui Zoya tem 5 dias para tentar se curar. E quando ela está prestes a morrer, ela toma uma pílula e começa de novo, 5 dias antes, do zero.
Mesmo encontrando Paula (Ayo Edebiri), uma estudante genial de física que assim que entende o que acontece se prontifica para ajudá-la.
Mas quando Zoya volta 5 dias no tempo, precisa contar e convencer Paula tudo de novo, do zero, pra juntas conseguirem descobrir como funciona realmente as viagens no tempo.
O filme me lembrou muito Como Se Fosse a Primeira Vez, onde Adam Sandler precisa todos os dias de sua vida explicar para Drew Barrymore que eles se amam, porque a memória dela dura 24 horas, num dos filmes mais românticos de todos.
A ansiedade causada aqui em Loop Infinito é do tamanho de um buraco negro mesmo porque ao mesmo tempo que eu esperava que Zoya resolvesse seu “problema”, eu imaginava que para a física, mesmo com as teorias quânticas que a própria personagem estuda, viagens no tempo, em teoria, sempre tem consequências graves. Ou radicais. Ou perigosas.
E isso não é um spoiler, é só o meu eu pessimista esperando o pior.
Se não fossem algumas pequenas pontas soltas e algumas explicações vindas do nada, o filme seria perfeito. Espero que o diretor continue nesse caminho.
NOTA: