Midas Man é um filme interessantíssimo.
E por 2 motivos.
Primeiro porque o midas do título é o Brian Epstein, o homem que descobriu os Beatles e o cara que segundo Paul McCartney disse que era o quinto Beatle.
Nãos ei se podemos chamá-lo de midas, porque o midas, personagem mitológico, era o cara que tudo que tocava virava ouro. Epstein SÓ transformou os 4 de Liverpool nos maiores de todos os tempos, o que acabou sendo seu único grande feito.
Mesmo assim o filme é legal, a história é ótima e o mais interessante é que o filme é mais sobre o próprio Brian, seus problemas íntimos, ele ser gay numa Inglaterra onde isso era proibido, tudo isso fazendo com que Midas Man fosse um filme gay sobre um homem poderoso gay e não um filme sobre uma banda de rock famosa.
Brian é vivido Jacob Fortune-Lloyd, um ótimo ator que consegue, inclusive, parecer muito mais velho (e sábio) que os 4 roqueiros malucões.
Outro motivo que faz do filme interessante é que durante toda a produção, o filme teve 2 diretores e 1 diretora, que iam saindo à medida acho que os produtores iam mandando eles fazerem o que deveriam fazer e nnao necessariamente o que queriam fazer.
Isso faz de Midas Man um filme que parece mesmo ter sido dirigido por mais de 1 pessoa, porque ele não tem uma lógica única e tem algumas formas muito diferentes de contar a história, sendo que uma grande parte dessa história é contada com o personagem olhando para a câmera de várias maneiras diferentes, inclusive daquela forma Fleabag/The Office dele reagindo a comentários olhando para a câmera ou falando com a câmera enquanto outro personagem estava no mesmo cenário sem perceber nada.
Parece mesmo que o filme teve vários diretores, vários roteiistas, muita gente dando palpites mas que de alguma forma esses palpites acabaram funcionando muito bem.
NOTA: