Depois de assistir essa porcaria espanhola, eu tenho certeza de que existe uma indústria mundial, global, universal de comédias mal escritas, rasteiras, com os mesmos personagens caricaturados com um draminha e um final feliz.
Claro que não é spoiler dizer que tem final feliz um filme sobre casal gay que pede para a irmã de um deles doar um óvulo para ser fertilizado e assim eles podem ter um filho “que seja da família”.
(primeiro ponto lixo, o filme todo gira em torno da teoria de que precisa ser filho de sangue, ou de DNA pelo menos, ao invés de adotar)
Claro que a família de um dos pais não “aceita” o filho gay, família rica com mãe escrota, fala em deserdar o cara e tudo mais.
Já a outra família é bacana, a irmã doou o óvulo, a mãe é o máximo mas o cunhado não aceita que a esposa ajude o irmão, um playboy sarado escroto, claro.
O drama é que o pai rico sofre um acidente de carro com a irmã/mãe, ambos morrem logo que o bebê nasce e o pai que “sobra” com o filho é rejeitado pelo cunhado, pela mãe do ex e só tem a mãe pra ajudar, ainda mais com ele sendo “artista”, sem dinheiro e bla bla bla.
Tudo no filme é exagerado, mal escrito, com uns cenários horrorosos e por aí vai.
Pais poderia ser um filme do Hassum, da Ingrid Guimarães, da Tatá Werneck, e a lista é longa.
Filmes que custariam 10 mas que acabam custando milhões e se isso não é lavagem de dinheiro, eu não sei mais o que é.
Esses roteiros rasteiros servem pra nada e são cada vez mais produzidos, o que acaba servind para empregar os profissionais do cinema, o que já é ótimo. Mas só.
E serve também pra bestas como eu acabar assistindo porque é um filme de um casal gay que quer ter filho.
Tolinho eu.
NOTA: