Em um subúrbio qualquer inglês, Nicky, uma enfermeira nos seus 40 e poucos anos e que mora sozinha em uma casinha fofa geminada, depois que seu filho vai para a Universidade, tem que lidar com seu novo vizinho barilhiento, que se mudou para a casa grudada onde moravam os pais de Nicky.
O vizinho é um cara nos seus 20 e tantos, 30 e poucos, super silencioso durante o dia, quando Nicky está trabalhando mas que todas as noites, sem exceção, torna sua casa na mais barulhentas das raves impulsionada por quantidades inomináveis de cocaína, álcool e sabe-se lá mais o quê.
Mas não, Deano, o vizinho, não chama uma galera gigante pras festinhas, é sempre ele e a namorada, um amigo e sua namorada.
Suficientes para acabarem com o sono, sem falar com a vida, da enfermeira Nicky.
Na primeira noite ela relevou, pensou que fosse festinha de boas vindas à casa nova mas quando Deano torna a balbúrdia diária, sem falha, acontecendo todas as noites, a enfermeira procura por formas de conseguir dormir, desde pegar seu travesseiro e ir de carro até a praia e ficar lá e até liga para um conhecido com quem encontrou recentemente, deu a entender que queria uma noite agitada mas ao chegar na casa dele apagou na cama de roupa mesmo, enquanto ele ia ao banheiro “se preparar”.
Cansada de resolver os problemas dos outros, Nicky começa a partir para a ignorância, mesmo morrendo de medo do vizinho locão.
Suas atitudes mais, digamos, radicais, são respondidas com outras sempre em um nível mais alto. Ou mais baixo, dependendo do ponto de vista.
E o que parecia correr para um thriller bem violento e amoral, quase pegou esse caminho, foi por pouco. Mas o diretor Jed Hart deu uma amarelada nessa sua estreia em longas.
O filme tinha de tudo para virar o queridinho malucão da temporada, o filme é meio que um Guerra dos Roses de vizinhos, e eu torci muito pra isso.
Eu só queria entender se o final estava mesmo no roteiro (culpa do diretor) ou se foi uma decisão de produção, onde sempre tem aquele produtor que diz “vamos com calma senão o filme não vai poder passar em lugar nenhum, vai assustar o público”.
Qualquer que tenha sido o caso, sinto informar que foi um tiro no pé porque Restless já começa com os 2 pés no peito, vai aumentando de volume e de ousadia até que… não mais.
Uma pena. Mas mesmo assim, um filme bem divertido.
NOTA: