Olha lá, olha lá, mais um documentário sobre artista plástico e um dos meus preferidos, um dos mais doidos, o italiano Giuseppe Arcimboldo, aquele que fazia os rostos com comidas, flores, animais.
Por muitos bons anos da minha vida eu tive um livro do Arcimboldo na sala e sempre parava para olhar suas pinturas e procurar detalhes de como ele formava aqueles rostos, que só agora eu descobri que eram de figuras da nobreza pra quem ele trabalhava na época, como todo artista europeu que tinha o seu mecenas.
Sem dar spoiles, porque a gente sabe que ele morreu há 500 anos, o louco foi também saber que Arcimboldo “sumiu” depois de sua morte, mesmo trabalhado com pessoas famosas, como por exemplo quando trabalhou na corte de Maximiliano I e seu filho Rodolfo II na corte de Praga. O príncipe Rodolfo foi um dos maiores colecionadores de arte da história e Arciboldo foi, além de retratista de sua corte, a pessoa que comprava arte para suas coleções (no plural) e o mais legal ainda, ele criou para Rodolfo II uum gabinete de curiosidades, aquelas coleções que as pessoas guardam objetos, peças de natureza, de animais e tudo mais que depende do gosto de seu criador.
Arcimboldo foi também figurinista da corte, decorador, ele era meio que o diretor de arte primeiro da corte dos Habsburgo em Viena na Áustria e depois em Praga, onde Rodolfo II queria transformar na capital da arte da Europa.
Tudo isso pra voltar ao fato de que Arcimboldo sumiu depois de sua morte e só foi redescoberto pelos surrealistas no início do século XX, quando Dali, Magrite e turma colocou Arcimboldo no topo de suas inspirações, dos artistas que mais os influenciavam por sua genialidade em recriar o mundo e criar seu próprio universo imagético, assim como definir de uma vez por todas sua obra como uma das mais importantes com trocadilhos visuais, ou como preferem os conspiracionistas, obras com mensagens “escondidas à olho nu” e também por eles considerado o primeiro artista moderno da história.
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NOTA:
Filme completo