Watch The Skies é uma ficção científica das mais legais.
O filme é sobre OVNI’s, sobre fendas temporais, sobre as teorias do Einstein e também sobre uma filha procurando por seu pai que foi dado como morto anos atrás mas que ela tem certeza que ele está vivo e provavelmente foi abduzido.
Como seu pais desde sempre, ela agora adulta faz parte de um clube de “pesquisadores de disco voador e ets”, o UFO Suécia. É um clube, ou uma associação e para uns é mesmo um culto do mal onde uns nerds tentam como podem provar que OVNI’s existem.
O pai da menina tinha uma teoria absurda que nunca foi provada nem posta em prática desde que ele sumiu principalmente porque seu melhor amigo, um astro físico que trabalhava na Nasa sueca, foi exxpulso e preso ao ser pego entregando documentos secretos ao doidão.
Quando ela crescida chega ao clubinho com suas teorias criadas a partir dos escritos do pai, os nerds que a conheceram pequena, se unem e entram em um estágio de inteligência e possibilidades onde nunca estiveram antes, cada vez mais perto de provarem alguma coisa.
Claro que eles são párias, vivem no anonimato, principalmente para não serem motivo de chacota. Só que como diz o poster do Arquivo X na parede da sede do grupo, “A verdade está lá fora” e é lá que eles pretendem provar que estão certos, com traições, brigas, correrias, perrengues e tudo mais que uma boa ficção científica precise para contar uma história nada usual.
Watch The Skies tem a ingenuidade cinematográfica que o Contatos Imediatos de Terceiro Grau do Spielberg teve quase 50 anos atrás, só para mostrar o nível de dinheiro gasto lá e aqui. Lá a ingenuidade custou caro, aqui a ingenuidade “é o que temos”e nesse moto, os diretores Crazy Pictures foram bons demais ao criarem esse pequeno universo nerd/estranho, com uma história conhecida mas contada da forma mais inédita possível e cheia de referências incríveis que vão dos Contatos Imediatos até a maior e mais legal de todas, o mundo de deserto de areia do mal de Beetlejuice.
Tudo em uma cidadezinha do interior com uma grande empresa governamental, óbvio que do mal, mandando e desmandando como quer que tudo seja sabido ou divulgado à seu bel prazer.
Diversão garantidíssima, mas eu preciso deixar claro que fiquei muito incomodado com o fato de Watch The Skies ser dublado em inglês.
Enquanto assistia, fiquei pensando que essa provavelmente seria a versão para o mercado internacional, uma escolha dos diretores e produtores e tal. Mas quanto mais via, mais enxergava que todo o elenco falava inglês, as bocas estavam sincronizadas com o áudio em inglês e por mais que isso fosse bem estranho pra mim, chegou uma hora que eu relaxei e parei de tentar entender como tinham feito isso, já que por exemplo, todas as manchetes de jornais e outros escritos também estavam em inglês.
Por mais estranho que tudo fosse, tinha o motivo de vender o filme principalmente para o mercado americano que de jeito nenhum lê legendas. É mais fácil refilmarem Ainda Estou Aqui em uma versão EUA do que o filme original brasileiro fazer sucesso por lá em sua versão original, o que cabe para qualquer filme internacional, como eles gostam de chamar no Oscar.
Bom, terminei de assistir e a primeira coisa que fiz foi correr para o email dos distribuidores que me mandaram a cópia e lá no final estava a explicação: a dublagem mais as bocas de todo o elenco foram recriadas a partir de uma Inteligência Artificial chamada Immersive Visual Translation, o que por um lado é interessante porque são os próprios atores e atrizes que dublam a si mesmos.
Vou colocar o making of logo depois do trailer, é bem interessante.
NOTA: