Infelizmente Caos e Destruição é ruim.
E a culpa é total do diretor Gareth Evans e não da Netflix, que também é o único roteirista do filme creditado, apesar de ter trabalhado com outros 2 roteiristas que não foram creditados por questão de… ego?
O filme parece saído dos anos 1990, dirigido por um diretorzinho que tenta copiar John Woo e falha miseravelmente.
Ou melhor, nem falha em termos de direção de cenas de ação, que são ótimas, longas, com umas câmeras super frenéticas com o propósito de nos entorpecer já que essas sequências são muito violentas e daquelas que quando a gente acha que terminaram aparecem mais “gente do mal”e a pancadaria continua quase que infinitamente. Sabe uma vibe meio carro de palhaço quando abre a porta do fusquinha e saem centenas deles que cabiam não se sabe onde?
Caos e Destruição não poderia ser um título mais apropriado para este filme onde Tom Hardy faz o papel de um policial que em princípio parece ser bem bom, bem preguiçoso e bem odiado pelos seus companheiros de delegacia.
Ele de cara percebe que o filho de um político super famoso está envolvido no assassinato de um chefão da Tríade, a máfia chinesa.
Não sabemos a razão mas o policial tem algum tipo de relação antiga com esse político, obviamente não das melhores, tanto que ele vai direto no cara contar sobre seu filho e o faz prometer que ele vai salvá-lo e depois pede para que o tal político suma da cidade. Detalhe que o cara ee vivido pelo meu preferido Forest Whitaker, bem como sempre, num papel sub-aproveitado que dá dor no coração.
Resumão geral, o filme inteiro é o policial Tom Hardy procurando o carinha e sua namorada, tentando salvá-los dos chineses e a super fodona chefona da máfia chinesa vai pessoalmente para os EUA vingar a morte do filho.
Aos poucos os pontos vão se ligando e a história vai sendo resolvida pelo menos pro espectador, mas o filme continua na velocidade máxima, violência máxima, cheio de furos absurdos, personagens que somem, inclusive o personagem de principal some num momento crítico que não dá pra entender como isso aconteceu.
Tem os policiais corruptos, tem a ex e a filha do Tom Hardy, tem a assistente mafiosa que é fodona e não fala nada, tem as cenas em slow, tem muita fumaça o tempo todo, só faltaram os pombos do Jon Woo voando.
Apesar de todos os pesares, o filme é até divertido, dá pra passar o tempo e o legal é que continua levantando uma questão importante: por que o Tom Hardy só faz filme porcaria, se ele é tão adorado e considerado símbolo sexual e segundo o Christopher Nolan é um dos maiores atores vivos?
NOTA: