Mais um filme nórdico na minha mira que se mostrou bem melhor do que eu esperava.
Desta vez é um drama gay adolescente. Bem drama mesmo, este B.O.Y. – Bruises Of Yesterday.
Tobias é um moleque de 16 anos que tem uma mãe bem, digamos assim, fdp, já que manda o moleque pra casa dos avós porque diz que vai viajar a trabalho no verão e quer ficar sozinha. Pra aproveitar o verão.
Seus avós são uns fofos, ele um vidraceiro na cidadezinha onde mora e ela uma velhinha que tem algum tipo de demência e a deixa mais fofa ainda. Sério.
Lá Tobias conhece e meio que se apaixona por um cara um pouco mais velho que ele, o pintor da cidade.
Só que o tal pintor não é tão bem resolvido quanto Tobias e ao mesmo tempo que quer ficar com o moleque, que diz a ele que tem 19 anos, não gosta muito de ficar junto, ou de beijar, ou de dormir junto.
Tobias conhece ao acaso o michê gay da cidade, que faz ponto em frente a um banheiro público na estrada e sempre diz pro menino ir embora porque não é legal ele ficar por lá.
Eu disse que o filme era dramão, que se confirma por 2 acontecimentos trágicos na vida de Tobias que se perde total e vai por um caminho de auto destruição radical.
E o que a gente vê em B.O.Y. – Bruises Of Yesterday são as marcas do seu passado bem presente tomando as rédeas da vida de mais um adolescente perdido que não sabe pedir ajuda, mesmo sabendo que precisa, que acha que pode resolver tudo sozinho e que não faz ideia das burradas que vai fazendo na vida até que essa vida jogue em sua cara que nada é fácil ou de graça.
B.O.Y. – Bruises Of Yesterday pode até ser considderado um filme de crescimento, um coming of age, porque a cada tombo, Tobias se levanta machucado, arrebentado, traumatizado mas se levanta. E ele andar de sate e cair e se levantar ajuda muito nessa contação de história bem nórdica, bem fria, bem calculada e ao mesmo tempo tão profunda.
NOTA: