Eu fico até com vergonha de resenhar este filme horroroso do mestre dos mestres David Cronenberg.
Ele já tinha feito uns filmes mais ou menos no passado como Mapa das Estrelas mas aqui ele conseguiu errar na mosca. Como diria minha avó Emília, ele c@gou e sentou em cima.
O filme é tão ruim que os 2 atores que fariam o casal principal do filme, nosso Viggo Mortensen e a Léa Seydoux saíram do filme ainda no início das filmagens e em seu lugar entrou o meu francês mais sem graça (juro, não entendo o hype todo) Vincent Cassel e a preferida Diane Kruger.
Cassell é Karsh, o tal senhor dos mortos do título, um bilionário bizarro que de tão apaixonado pela esposa, depois que ela morre constrói um cemitério com uma tecnologia nova onde os donos dos túmulos podem assistir os corpos lá enterrados apodrecendo.
Sim, uma live de cadáver.
A ideia é boa, vai, punk, degenerada, como toda ideia dos bons filmes do Cronenberg.
Só que o roteiro é ruim e vai por uma linha de tecnologia “moderna e atual” tosca, nada a ver com o low tech bizarro que o mestre canadense costumava fazer tão bem em seus filmes.
Isso ficou tão ruim que parece que o filme tinha uns 200 reais de orçamento de efeitos especiais e resolveram gastar no app mais tosco de produzir bonequinho avatar. E Cronenberg tenta nos enfiar goela abaixo que aquilo é o grito da tecnologia, o próximo passo. É constrangedor.
Constrangedor também é ver Cassell se esforçar para dar profundidade a uma personagem tão complexo, que ama a esposa cadáver, é um bon vivant, é bilionário, se acha cool, inventou um monte de parada bizarra, tudo isso num roteiro de comédia romântica de quinta. Sabe aquelas com o sedutor cafageste?
Que decepção.
Principalmente por causa da trama policialesca deste pseudo thriller misturado a um body horror também meia boca.
NOTA: