Unspoken é o filme mais anti climax que eu vi nos últimos anos.
Ou melhor, Unspoken é o filme mais empata fod@ dos últimos anos.
Ou melhor ainda. Unspoken é o filme mais equivocado dos últimos anos.
O que poderia ser ótimo se fosse um thriller, com um final apocalíptico. Mas Unspoken é um filme gay judeu adolescente, daei a coisa fica bem ruim, equivocada no mau sentido.
O filme começa quando Noam, um adolescente judeu bem animado, quer dizer, gay no armário ainda, chega a conclusão que seu avô recém falecido, sobrevivente do holocausto, era gay.
Ao mesmo tempo que fica chocado ele fica bem feliz porque todo mundo diz que Noam é a versão jovem do avô, que eles são idênticos.
Por exemplo, o que o menino mais gostava de fazer com o avô era ouvir e cantar e dançar canções de musicais da Broadway.
Gay.
Mais uma vez escondido da família, Noam começa a fazer uma “pesquisa” sobre seu avô e sobre M., o pseudo namorado do avio na Alemanha pré nazista. Ele chegou a essa conclusão porque encontrou uma caixinha do avô com uma aliança e um bilhete escrito que o amará para sempre, assinado com um M só.
Noam conclui que M é um amigo do avô, de quem ele já tinha falado e vai atrás do homem para saber se o avô era gay ou não. De novo, escondido da família que está preocupada com o casamento da irmã de Noam e com a possibilidade de ele namorar uma colega da escola, de uma família de amigos.
Só que ele se interessa pelo nerd que faz um trabalho com ele sobre exatamente o holocausto, ao mesmo tempo que ele é constantemente zoado pela bicha filipina que faz aula de coral com ele.
Mas aos poucos o roteiro do filme vai revelando uma farsa enorme, cheia de preconceitos e estigmas que um adolescente gay vive, sendo judeu ou não.
O diretor Jeremy Borison, que é claramente judeu e gay, escreveu o roteiro claramente inspirado em sua adolescência e me deixou com pena em imaginar que ele tenha passado por algumas das situações péssimas que Noam passa no filme, porque é frustração atrás de equívoco, só tombo, só vergonha e com uma palavrinha de carinho ou outra que no final, pode ser que salvem a vida de um moleque tão coitado como esse.
Nota dó.
NOTA: