Eu posso dizer com o coração aberto que Led Zeppelin é pra mim a maior banda de rock de todas da minha vidinha.
Maior que os Beatles? Maior.
Maior que Radiohead? Maior.
Eu lembro exatamente a primeira vez que aos 13 anos de idade eu ouvi o Led Zeppelin IV e minha vida mudou.
Eu não estava preparado pra dobradinha Black Dog/ Rock and Roll abrindo o disco e dando porrada na minha cara de moleque magrelo e depois o disco me pega pela mão e me leva pra uma viagem psicodélica desgramada que eu nem sabia que era possível com o hino dos hinos Starway To Heaven.
Mesmo virando o moleque mais punk/new wave a partir dos 15 anos de idade, o Led nunca saiu da minha vitrola.
Tudo o que aparece de Led eu vejo, ouco, compro, guardo, amo e venero e este novo documentário Becoming Led Zeppelin não seria diferente.
Eu acho que o foco do filme é o público que já ama a banda porque como diz o título, a gente vê com detalhes lindos como os 4 gênios da música inglesa, sob o comando, a batuta de Jimmy Page, chegaram onde chegaram.
A grande história do Led, a grande crítica que a banda sempre teve, ou o maior “comentário” foi que eles eram músicos de estúdio, daqueles que sabiam tocar tudo mas que não tinham muita personalidade, que eles eram bons como arranjadores, por exemplo, como a gente vê no filme o próprio Page e John Paulo Jones contando a lista enorme de artistas com quem eles trabalharam antes do Zep, que vai de David Bowie a Lulu.
O que aconteceu de verdade foi que todo o conhecimento de cada um dos músicos, foi usado para que eles criassem A BANDA e que em bem pouco tempo, por causa de inteligência de marketing, estourou nos EUA e logo depois, ou por isso, estourou na Inglaterra.
Tudo contado pelos 3 sobreviventes, Jimmy Page, John Paul Jones e um dos maiores de todos, Robert Plant, além de gravações do falecido John Bonham contando algumas de suas histórias e as da banda.
Aliás, um dos momentos mais legais do filme é Jimmy Page mostrando seu caderninho de anotações pré Zep com a lista desses artistas pra quem ele trabalhou, produziu, suas datas e alguns detalhes. Muito bom.Zeppelin, eles terminaram quando eu tinha meros 12 anos de idade mas eu vi um show do Page/Plant em 1996 no Estádio do Pacaembu em São Paulo, um dos melhores e mais emocionantes shows da minha vida.
Voltando ao filme, é uma delícia ver o quanto a gravadora, na época, apostou tudo no Led Zeppelin e por isso filmou tudo quanto é show que eles faziam no início da carreira, o que não era tão comum em tempos de câmera cara, de precisar de muito dinheiro pra captar tudo, diferente dos dias de hoje.
Ver os caras tocando nos clubes dos EUA, sempre cheios, nos clubes ingleses, ou abrindo pra bandas maiores em shows quando eles ainda não eram conhecidos, é demais, porque já víamos, por exemplo, o porquê de o maior baterista de todos os tempos ser o John Bonham.
Aliás, os caras eram tnao foda que com a morte do baterista, o Led Zeppelin terminou. E sem papo.
Tiveram alguns shows com alguns deles com o filho de Bonham, Jason, na bateria, mas essa ee história pra outro filme.
NOTA: