Eat The Night é o filme moderninho gay francês do ano.
Estreou na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes de 2024, concorreu ao Queer Palm, o prêmio de melhor filme queer do festival e o hype foi maior que o filme em si.
Eat The Night não é ruim, são não é o filme inovador que tentanram nos vender.
O filme é sobre Pablo e sua irmã Appo, jovens, com vidas bestas, vivem juntos e não saem da frente de seus computadores jogando Darknoon, um jogo de fantasia e morte onde eles são uma dupla imbatível.
O que poderia ser um momento de relax em suas vidas acaba se tornando um drama: Darknoon avisa que o jogo vai acabar sem explicações, só com a data fatídica e um “aproveitem enquanto é tempo”.
Appo fica desesperada mas Pablo tem uma vida até que animada como traficantezinho, produtor de ecstasy e inimigo de uma gangue de traficantes maior que ele sozinho e por isso mesmo proibindo que ele venda sua mercadoria onde a gangue manda, que é praticamente toda a região que Pablo trabalha.
Só que ele conhece Night, outro traficantezinho pé de chinelo por quem se apaixona e com quem começa a trabalhar junto vendendo suas balinhas em baladinhas e pela rua, mas sempre apanhando da gangue, cujo chefe careca e cretino não aguenta mais saber de Pablo e agora de seu namorado junto.
Eu fiquei o tempo todo esperando a ligação da vida real de Pablo e Appo com a vida online jogando Darknoon e… nada.
Parece que Eat The Night são dois filmes distintos com os mesmos personagens em 2 histórias tão particulares que praticamente não se cruzam. Inclusive parece que só Pablo consegue transitar por essess 2 “mundos” diferentes, já que tem a vida com a irmã no jogo e a vida com o namorado vendendo ecstay.
Óbvio que o drama cresce, que ideias erradas dos personagens acabam em consequências radicais mas nem isso me animou.
Todo o discurso de Pablo e Appo explicando Darknoon e do quanto o jogo é importante para suas personalidades, suas vontades reais (que se realizam no mundo virtual), tudo isso passa como uma tentativa de justificar um monte de coisas no filme que não precisariam de justificativas com um roteiro melhor e mais inteligente.
E tem outra: quem aguenta ainda filme “jovem” e “descontruído” com cenas de sexo gay no contra luz onde nem beijo a gente vê direito?
Eat The Night não f0de nem sai de cima e a gente sabe que quanto maior a expectativa, a promessa, maior a decepção quando não há entrega.
NOTA: 1/2