Eu não conhecia os irmãos Zuchero, Sam e Andy, diretores deste Love Me.
Poderia ter continuado assim.
Pior que Love Me não é um filme ruim per se. Na verdade Love Me não é nada.
Love Me é bem escritinho, tem um casal protagonista ótimo, minha preferida Kristen Stewart e o musinho Steven Yeun, tem dinheiro pra fazer tudo bem feitinho.
Mas Love Me é o filme mais sem graça do ano. O filme mais sem sal, sem propósito, com uma ideia infantilóide que os irmãos diretores tentaram de alguma forma transformá-la atraente o suficiente para adultos e falharam miseravelmente. Fora que faltou os caras aprenderem a dirigir. E mesmo assim tiveram uma grana boa e estrearam com barulho em Sundance. Que tistreza.
Love Me é um história de amor entre uma bóia (Kristen) e um satélite (Yeun), que se “conhecem” depois do extermínio total da humanidade.
O casal, enquanto pseudo inteligência artificial, aos poucos, bem aos poucos, vai tentando encontrar alguma forma de comunicação usando arquivos de lembranças da Terra devastada.
Eles encontram enfim um casal de influenciadores e aos poucos, bem aos poucos, a bóia e o satélite vai se aproximando em áudio, depois em animação e lá na frente, bem lá na frente, como formas humanas vivas.
Mas gente, faltou ideia, faltou fagulha, sobrou feisica e faltou química, já que uma bóia e um satélite, segundo este filme, não poderiam ser mais diferentes e enquanto eles tentam e conectar, a gente sofre assistindo.
Só uma última detonada mas Love Me tem uma das cenas mais horrorosas de uma pessoa tomando sorvete pela primeira vez, quando a bóia/Kristen fica lambendo uma colher e sujando os lábios, mais e mais, parecendo que tá babando e não se lambusando. Um banho de falta de noção da dupla de irmãos.
Se o pós humanidade for chato assim, prefiro morrer mesmo no apocalipse.
NOTA: