The Dead Thing ee um horror escrito e dirigido pelo Elric Kane que em princípio me deixou bem chocado mas logo eu fiquei pensando: tá, e aí?
E aí que o diretor Kane é meio doente e eu fiquei com medo dele.
Brincadeira. Ou quase.
The Dead Thing quer dizer “a coisa morta”. E a coisa morta não é a personagem principal Alex (Blu Hunt), uma mulher solteira que enquanto estea tentando resolver sua vida, mora na casa de uma amiga, tem um trabalho aleatório e besta que ela não curte e vive nos aplicativos de pegação para encontrar caras pra transar e ciao.
Ela fica nesse dia a dia blasé, sem graça nem vontade de nada, porque nada a interessa, nem os homens, nem o trabalho de ficar escaneando documentos a noite inteira, nem seu colega de trabalho que dá em cima dela porque ele sabe que ela sai com todo mundo.
A única coisa que a tira do prumo, mas nem tanto, é o namorado de sua amiga com quem ela divide a casa, um cara escroto e violento.
Até o dia que ela conhece o bonitão Kyle (Ben Smith-Petersen, marido da minha musa Riley Keough).
Eles saem, dão uns beijos, transam, conversam, passam o dia juntos, fazem desenhos, papeiam mais ainda, transam mais ainda, no que parece ser uma linda história de amor que está começando.
Quando eles se despendem, porque ela precisa trabalhar, ele diz onde trabalha como barista, para ela procurea-lo, e diz que está gostando muito dela. E lá vai Alex, de volta a sua vida besta mas pensando em Kyle o tempo todo, até que resolve mandar mensagem pra ele o chamando para um drink.
E ele não responde. Depois de dias sem ter nenhuma responta de várias mensagens, ela resolve ir ao café, não encontra o barista bonitão e resolve voltar para a rotina de pegação e numa noite de drinks com um boy novo, vê o barista com uma nova mulher e fica revoltada.
Aí as surpresas começam a cair como bombas no filme e olha, que surpresas.
Não só o roteiro do filme é interessante mas a forma quase displicente que o diretor conduz sua história focada na personagem de Alex e na sua descida para um inferno particular horroroso faz de The Dead Thing uma pequena jóia.
E como eu disse antes, quando eu achei que a “pegadinha” do filme já tinha “dado”, o diretor Kane vai lea e dea um xablau roteirístico totalmente inesperado e A Coisa Morta ganha vida de novo entregando tudo o que podia.
Só podia ser um pouco mais, mas entregou bem.
NOTA: