Fanboy, o drama indie que estreou no Slamdance, é o extremo oposto do drama indie que é O Brutalista, objeto de minha resenha de ontem.
O Brutalista é um épico indie produzido pela A24 por módicos 10 milhões de dólares. E o filme parece que custou 100 milhões. Parabéns aos envolvidos.
Já Fanboy deve ter custado alguns pouco milhares de dólares e parece o quanto custou, vale o quanto pesa.
O filme tem uma premissa ótima: Allen, um cara de seus 20 e alguns anos, um cara muito estranho, com jeito de serial killer, lá nos anos 1980 resolve alugar um quarto tosco em Columbus, Ohio, no meio da temporada de futebol americano de faculdade para torcer pelo time da faculdade que se pai frequentou e que ele resolveu não frequentar.
MAs ele chegou a um momento da vida que pretende se reconectar com o pai a alguma forma e vai pra lá sozinho, sem dinheiro para assistir os jogos, indo para bares ou para a casa de um primo distante para torcer pela vitória do time do pai para ter motivo de ligar para ele e comemorarem juntos.
Mas o jeito de serial killer do Allen vem à tona o tempo todo e todo lugar que ele vai e tenta se entrosar acaba virando palco para seu jeito escroto de ser.
E a gente, por incrível que parece, acaba de um forma ou de outra entendendo esse personagem, o típico idiota que se esforça demais e que no fim acaba perdendo as estribeiras.
Culpo o diretor Bean McKee me fazer quase gostar de mais um personagem besta, para quem eu deveria torcer contra.
Só fico pensando o quanto o filme seria mais impactante se o orçamento fosse pelo menos razoável.
Só por isso já quero ver o próximo filme do diretor.
NOTA: