Infelizmente eu estou cada vez mais sem paciência pra filmes com mais de 1h45.
O ideal pra mim é 1h30. Quando eu vejo que o filme tem essa duração já começo a ver bem feliz.
O pior é que essa minha teoria do filme bom é filme com 1h30 só confirma mesmo com um #alertafilmão como esta surpresa chinesa Black Dog. Se o filme tivesse uns 40 minutos a menos seria uma obra prima, já que é um filme italiano existencialista setentista feito na China de 2024.
O filme se passa num lugar e numa época super específicos, no noroeste chinês logo antes das olimpíadas de Pequim, no momento de um eclipse que está sendo chamado de eclipse olímpico.
Lá, os cachorros estão dominando as ruas, é cachorro pra tudo quanto é lado, pra cima, pra baixo, a ponto de fazer um ônibus capotar já nos primeiros momentos do filme.
Neste ônibus está nosso anti-herói, que acabou de sair da cadeia e está voltando para sua casa onde claro, tudo está de cabeça pra baixo já que seu pai agora alcoólatra resolveu morar no zoológico, seu vizinho velhinho que fuma sem parar e fala por motorzinho na garganta cuida da casa fechada e ele encontra na rua o tal cachorro preto do título.
Lang começa a trabalhar com um chefão local, indicado pelo policial que cuida de sua condicional.
Com o chefão, por causa das Olimpíadas, Lang e seus companheiros precisam capturar os cachorros de rua, como uma carrocinha desgovernada. Mas ele tem pena dos cães e ou os deixa fugir ou não se esforça para capturá-los.
Isso enquanto em casa se aproxima cada vez mais do seu agora cachorro preto, com quem faz uma das duplas mais legais do cinema atual, o “casal” nada óbvio mas que se completa no que Lang deseja que é a vida de filme do Antonioni.
NOTA: 1/2