Traduzi sim o título para o português porque é longo o suficiente para me incomodar enquanto escrevo.
Este é o filme que a Romênia mandou para concorrer a uma vaga ao Oscar de filme internacional.
Dadas as poucas virtudes do filme, não chegou onde eles esperavam que chegasse.
Trei kilometri până la capătul lumii é um filme que de tão velho e ultrapassado, parece que foi feito uns 25 anos atrás. Não só pela forma como o tema foi abordado, ams também pela direção de arte simplista em uma referência ruim às paredes coloridas de Pedro Almodóvar, já que este é um filme gay.
O que me deixou chocado voi ter vencido a Palma Queer no Festival de Cannes de 2024, prêmio dado ao melhor filme queer do festival. Isso porque lá estava o brasileiro Baby, que venceu o prêmio de melhor ator na Semana da Crítica e deveria ter levado a Palma Queer, principalmente se comparado a esse.
3 Km Para o Fim do Mundo conta a história de adi, um moleque de 17 anos de idade, que vive numa vilazinha de pescadores no Delta do Danúbio com seus pais.
Uma noite ele sai com um turista e é visto por uns outros “moleques” com certeza neo nazi que fazem questnao de dar uma surra horrorosa em Adi porque o tal turista chupa o dedo do moleque no meio da rua.
Os vizinhos que bateram nele, não sabem que na verdade o dedo estava sendo “chupado” para que o cara tentasse tirar um espinho de um ouriço. Mas o motivo, mesmo que sem contexto, foi suficiente pra quebrar a cara dele.
Daí pra frente o filme é sobre os pais de Adi o levarem ao hospital, à delegacia, ao padre, para tentarem descobrir quem foi o desgraçado que fez isso e querer justiça.
Só que quando todo mundo descobre que os filhos do cara rico do lugar foram os responsáveis por bater e roubar o celular, também descobrem que Adi é gay e apanhoou porque estava beijando o turista no meio da rua.
Até aqui o filme é interessante. Daqui pra frente o que eu vi foi um roteiro que parece ter sido escrito E filmado em 1980, cheio de preconceitos e obviedades de vilinha cheia de gente religiosa careta.
Rola até um exorcismo com Adi preso à cama, com o padre doidão, um assistente e os pais do cara rezando para sair a gayzice do corpo dele.
O filme parece ter sido feito por um diretor “meio que” homofóbico, mostrando que nnao tem papo, se é gay e mora em cidadezinha pequena e religiosa, tem que apanhar, tem que se esconder, não pode ir à polícia e dê-se por satisfeito por não ter ficado com algum dano físico permanente da surra.
Não só isso. O “poder” do dinheiro, da corrupção, da propina, é mostrado também da forma mais caricata possível, como se tudo fosse se resolver por maneiras extremamente simplistas e irresponsáveis, a ponto do personagem principal, Adi, o cara que apanhou, não fazer nem mais sentido na história do filme já que seu destino já foi selado.
A direção, o roteiro, até a fotografia são tão simplórias que se não fosse o título extenso do filme, nada seria interessante ou ao menos memorável.
A Romênia tem um cinema cada vez mais poderoso, principalmente por ter um dos meus diretores preferidos em atividade, Radu Jude, e manda um filme como esse para tentar vaga no Oscar é de total falta de noção do que tem em mãos.
NOTA: 1/2