Pequenas Coisas Como Estas é o filme que o Cillian Murphy fez depois de levar o Oscar de melhor ator por Oppenheimer.
Fiquei imaginando que ele e sua equipe devem ter passado dias e dias discutindo qual seria o melhor personagem que ele poderia viver depois de ter sido o cara que inventou a bomba atômica, um dos caras mais odiados e mais reverenciados da história.
E lá vem Cillian com um filme pequenininho, com uma história (real) incrível, super esperado por todo mundo inclusive com muita aposta para ele ser indicado ao Oscar.
Só que nada disso se concretizou.
Pequenas Coisas Como Estas é sim um filme pequeno baseado em uma história real.
Mas é aquele tipo de filme com roteiro ruim que me fez pensar se eu tinha dormido em algum momento porque algo que estava ali acontecendo na minha frente não fazia sentido.
O filme conta a história de Bill Furlong, um carvoeiro super respeitado na cidadezinha onde mora no interior da Irlanda e super, mas super tímido, que por obra do acaso, ao entregar carvão no convento da cidade em uma madrugada de inverno ferrenho, ele descobre um segredo absurdo que acontece há tempos em uma vila dominada pelas mãos de ferro da Igreja Católica.
E o pior.
Bill Furlong lembra que em sua infância e adolescência ele também passou por situações parecidas que com o tempo ele conseguiu apagar de sua vida, esquecer mesmo mas que voltam como um tsunami de pesadelos perdidos.
O filme é daqueles que a minha ansiedade fazem eu odiar mas mesmo assim assistir, o filme da desgraça anunciada, onde nós espectadores somos cúmplices do roteiro que, mesmo mal escrito, já nos “avisa” que o tal do tsunami que veio na memória pode ser que venha também na vida de Bill.
E todas as “dicas” vindas de todos os lados, como as conversas que ele tem com a madre superiora do convento (uma Emily Watson sempre incrível).
Eu quero mais, muito mais. E parece que todo mundo queria mais também, já que este filme deveria ter sido lançado ano passado para tentar alguma coisa no Oscar mas como as prévias foram ruins, agora está perdido por aí esperando uma boa alma resolver liberá-lo para ser visto.
NOTA: