Surpresa radical do começo do ano, um filme de bruxa ucraniano que se passa nos dias de hoje em plen invasão russa no país.
O radical poderia ser até ser um filme de bruxa, daquelas bem de história de interior de país mesmo. Mas o filme me deixou bem chocado por cenas extremas dos soldados russos.
O filme conta a história de um casal de lindos, Olena e Andrii, que no início da invasão russa, sabendo de absurdos que os soldados do país do Putin já estavam fazendo, resolvem ir para a casa de Olena em Konotop, uma região bem de interior, bem pequena.
Só que no caminho, o casal e seu cachorro Ozzy são parados por um pelotão de invasores que tentam abusar de Olena mas que acabam levando tiros do namorado Andrii que infelizmente também é alvejado e morre.
Quando a gente acha que a avó de Olena é a bruxa, a gente se depara com a própria Olena se transformando na bruxa antiga e poderosa que na verdade é.
O batalhão invasor de russos amorais não esperavam prineiro que seriam atacados e segundo, que seriam atacados quando e por onde e de formas que nunca esperariam.
Tudo porque o ódio que Olena sente pelos algozes de seu amor é maior até do que sua “avó” esperava e Olena vai indo para um lado bem obscuro dos seus poderes.
O horror de A Vingança da Bruxa vem da própria bruxa mas na verdade vem da crueldade dos cruéis soldados russos, que guiam tanques e carros com o Z neo nazi e que realizam saques, pilham e o pior abusam desgraçadamente de mulheres, o que a gente vê em cenas que se fossem explícitas não seriam tão horrorosas.
O que sobrou de violência faltou de coesão das histórias, uma oportunidade perdida pelo diretor Kolesnyk que deixou de abusar de tradições folclóricas e focou na troca entre a bruxa e os soldados.
Haja estômago.
NOTA: 1/2