Número 24 foi o apelido, o nome-código que o norueguês Gunnar Sønsteby recebeu quando ele se juntou a resistência depois da invasão nazista em seu país.
O clima la ficou tão complicado que o rei da Noruega fugiu para não ser morto nem preso nem nada e virou o comandante da resistência diretamente de Londres.
Este filme conta a história de Gunnar Sønsteby e de como seu esquema absolutamente detalhado de identidades, lugares para morar, sutilezas e inteligências fez com que essa resistência fosse a responsável por salvar tantas vidas e evitar uma tragédia maior na Noruega.
O filme é daqueles “caretinhas” certinhos e digo isso como um elogio porque uma direção correta como a do diretor John Andreas Andersen fez bem à história, sem querer ser moderninho nem espertinho, focando nessa esperteza da personagem, de como ele conseguiu por anos fugir e combater os desgraçados nazis.
Agora, depois de nos entregar a história mais punk de um dos grandes heróis noruegueses, o diretor Andersen ainda o coloca já na melhor idade dando palestra para um grupo de jovens que não felizes em ouvir a história de sobrevivência, fazem questão de perguntar ao velho heróis sobre as mortes, se ele matou, se ele poderia ter matado menos, se ele acha que todo norueguês que esteve ao lado dos nazistas até que uma ds estudantes pergunta se ele sabe quem matou sua tia avó, se ela merecia ter morrido e por aí vai.
A cereja do bolo de Número 24 foi o presente que o diretor Andersen nos dá ao colocar Radiohead no prólogo do filme. Ele coloca na trilha Exit Music (For a Film), no momento que ele apresenta o final do seu filme, de uma forma tão estranha que no final acaba sendo muito pertinente e natural.
Tudo isso, antes que eu me esqueça, está na Netflix.
NOTA: