Billion Pound Bond Street não é um puta documentário, mas sim um documentário “feita para a televisão”, o que dá um ar mais de jornalismo do que de cinema.
Mas mesmo assim o tema é bem interessante e o filme me deixou sem um pulga atrás da orelha e com certeza de que o “çer umano” não aprende nem mesmo nas catástrofes.
Bond Street é a rua das lojas milionárias de Londres, uma rua que há mais de 300 anos tem as melhores e mais exclusivas lojas da cidade, fazendo da rua Bond um dos espaços mais caros e bem avaliados do mundo, com lojas minúsculas custando milhões de libras com faturamento de bilhões.
Este documentário começa logo antes da pandemia, quando a BBC estava por lá para entender como eram os hábitos dos consumidores de lojas como Dior na rua Bond, como era o tratamento que esses consumidores de luxo recebiam, como eram as pessoas que trabalhavam nas lojas, quem eram as pessoas que tinham “barraquinhas” na rua de luxo, como a barraca de flores.
E o mais legal, eles entrevistaram o único homem, ou a única pessoa que mora na Bond Street.
Acontece que veio a pandemia, o documentário mudou o enfoque mostrando como foram os meses que as lojas ficaram fechadas e como foi a reabertura depois do lockdown.
O estúpido, ops, o interessante foi perceber que, como eles falam no filme, quando as lojas reabriram, as filas voltaram a ser formar nas lojas caríssimas, seja pela vontade das pessoas saírem de casa, seja pela saudade que as pessoas estavam para comprarem de novo.
E aqui que digo que ninguém aprendeu nada, porque foi abrir a loja e as vendas de lenços de milhares de libras, de chinelos de centenas de libras e de vestidos de dezenas de milhares de libra, com jóias à altura ou algumas muito mais caras, aumentaram.
Pouca gente sai de uma catástrofe global com consciiencia da insignificância e com certeza nenhuma delas esteve neste filme, porque quem aqui aparece estava passando mal por ter ficado meses sem gastar dinheiro ao vivo.
É mole? É mole mas sobe, como dizia o macaco.
NOTA: