Como disse no outro post, o que tem de filme bom que eu vi e resenhei em 2024 não tá escrito. Aqui vão mais alguns #alertafilmão.
A SUBSTÂNCIA: eu ainda não acredito que o body horror que ressuscitou Demi Moore esteja na corrida por Oscar’s, mesmo com seus maravilhosos extremos. Alguma coisa está mudando.
ANORA: quando assisti escrevi que não entendia como tinha vencido Cannes mas hoje digo que é um prêmio merecidíssimo, não teve filme melhor na Croisette ano passado. E viva a puta da Mikey, minha preferida do ano, depois da Fernanda, claro.
A SEMENTE DO FRUTO SAGRADO: pra que trocar figo por fruto, Braçil? O filme iraniano é o máximo, com a paranoia ditatorial machista levando a um final digo de Hitchcock.
LUZ FANTASMA: um indie que merecia mais atenção, principalmente pela maravilhosa atuação de Keith Kupferer que entra para um grupo de teatro amador para “desestressar” e arrasa muito.
THE G: outro indie perdido por 2024 que prova de uma vez por todas que a diva Dale Dickey é sim uma das maiores atrizes vivas.
ERVAS SECAS: o novo filme do mestre turco Nuri Bilge Ceylan não só ganhou tudo o que poderia e deveria ter ganho por festivais como mostra o que é um filme de gente grande, embaralhando nosso cérebro pra entregar tudo rearranjado em um final surpreendentemente poético.
MEU BOLO FAVORITO: amamos velhinhas doidas? Muito! Amamos filmes desgraçados iranianos? Mais ainda. E quando o filme passa de um draminha romântico para um absurdo com o segundo melhor plot twist do ano? Imperdível.
EMILIA PÉREZ: dou muita risada com o povo falando “odeio os números musicais mas adoro o filme”. Bitch, se você odeia os números musicais, você só diz que gostou do filme pelo hype. Se não fosse um musical distorcido como é, vindo da mente desgraçada do diretor Jacques Audiard, o filme não seria metade do que é.
ALIEN: ROMULUS: pra mim é a melhor “sequência” possível do Alien original de 1979. Quero mais.
KNEECAP: e vamos de mais filme irlandês incrível, sobre os rock rappers do Kneecap que cantam em gaélico, usam todas as drogas possíveis e fizeram uma pseudo ficção pra nos contar isso.
FERRARI: como escrevi na minha resenha, queria que o Michal Mann fizesse um filme sobre o Enzo Ferrari por ano. Obra prima.
VERMIGLIO: o representante italiano no Oscar 2025 é um slow burner que quando pega fogo, destrói tudo. Que! Filme!
GUERRA CIVIL: pelo menos um filme bom da A24 esse ano, melhor ainda que tem o Wagner Moura dizendo a que veio. Só podia ser do Alex Garland.
LOVE LIES BLEEDING: tá, mais um da A24, agora mostrando que minha preferida Kirsten Stewart é sim o máximo, aceitem e que Katy M. O’Brian é uma estrela, nesse romance das lésbicas maluconas e violentas, como a gente ama que elas sejam.
FOLHAS DE OUTONO: o filme é de 2023 mas eu vi no início de 2024, mais um petardo do meu finlandês favorito, Aki Kaurismäki, com seu cinema distorcidamente clássico.