Adorei que meu post do Nosferatu deu a maior polêmico com gente me xingando por ter dito que o filme é escuro, dizendo que eu sou “crítico”.
Assim sendo, vamos de mais polêmica, agora não sobre um filme em si mas sobre uma pessoa que é retratada no documentário da Netflix O Homem Que Quer Viver Para Sempre.
Esse homem é Bryan Johnson, um milionário que gasta pelo menos 2 milhões de dólares mensais para, sim, é o título do filme, viver para sempre. Ou pelo menos por quanto mais ele conseguir.
Johnson erra um cara normal, falido, casado, cheio de filhos, até que arruma um emprego em TI, tem uma ideia brilhante e fica milionário. Daqueles que a gente vê em filme e tv que vendeu a empresa por oceanos de dólares, tanto que seus netos não vão precisar trabalhar.
O que Bryan resolveu fazer com o dinheiro que tem? Procurar todo tipo de médico, nutricionista, treinador físico e propôs para essas pessoas todas que o usassem como cobaia para suas pesquisas de longevidade.
Ao invés desse povo testar em camundongos por anos e anos, chegar a um remédio que um ser humano possa consumir, pedir licenças, fabricar, que eles usem suas ideias e pesquisas diretos nele mesmo, o milionário com dinheiro e tempo para gastar.
Ele criou um projeto chamado Blueprint, que quer dizer “planta”, tipo planta de projeto de arquitetura, onde auxiliado por um pequeno exército de profissionais, ele já conseguiu, segundo os estudos todos, aumentar sua expectativa de vida em um número bem alto, maior do que todos os testes e experimentos feitos até então.
Mas a que preço? Essa é a maior questão que eu fiquei ao final do filme. Fiquei com mais algumas, mas já já falo delas.
Pensemos uma coisa: Bryan Johnson passa o seu dia tomando pílulas (ele toma quase 200 por dia, entre suplementos, vitaminas e afins), malhando, preparando comida vegana, comendo, tomando os sucos, fazendo banhos de luzes, aplicações de botox e afiliados e o mais doido de tudo, recebendo transfusão de plasma de seu filho de 18 anos enquanto doa o seu plasma para seu pai de 70 anos, numa centopéia humana de líquidos sanguíneos.
Bryan Johnson não faz nada na vida além de seu ritual de beleza e suplementação O DIA INTEIRO.
Pra que uma pessoa dessas quer viver mais?
Porque pelo que eu entendi, se ele parar com tudo isso, volta ao normal, que pra ele é o horror de morrer logo, mesmo ele tendo uma genética boa porque seu pai de 70 anos tá ótimo, mesmo tendo sido um cheirador de cocaína contumaz a vida toda, como ele conta no filme. Se o tiozão aguentou, Bryan deve aguentar, mesmo tendo sua fase junkiezinho também.
Agora 2 coisas bizarras demais nesse moço.
Primeiro que ele fisicamente me lembra muito Bruce Jenner antes de fazer a transição e ser a Caitlyn Jenner que ninguém mais se lembra dela. Até as roupas que Bryan usa são bem femininas. Não me espantaria se ele logo dissesse que vai transicionar.
Segundo: Bryan Johnson tem uma coisa com seu filho que me deu medo. Ele o trata quase como que um namorado que ele ama muito. E não, não é amor de pai, ainda mais sendo um milionário americano, o tipo de pessoa que nnao abraça nem o travesseiro pra dormir.
Como eu disse, Bryan diz que seu sonho é atingir a forma e o conteúdo de seu filho de 18 anos de idade, que foi morar com o pai depois de descobrir que viver como mórmom, de onde vem toda a família de Bryan, é uma porcaria.
O moleque realmente parece o pai com 18 anos. Mesmo corpo, mesma forma física, só que o menino é bonito, nnao tem a cara toda botocada esticada.
Inclusive o ponto alto de tensão e drama do filme é quando o filme entra na faculdade e Bryan o deixa no campus chorando como se tivesse levado um pé na bunda do namorado mesmo. Deu medo.
Na verdade eu tive medo de tudo: do Bryan, de como ele gasta seu dinheiro, de todos os médicos que dizem que o que ele faz tá muito errado, de sua secretária/diretora de marketing, do esquema de vendas dele, da obsessão e por aí vai.
Só espero que daqui um tempo façam outro filme dele de já de mulher, de peito e com um namorado igualzinho o filho que não quer ver mais o pai desde que entrou na faculdade.
Claro que essa é fic minha, porque eles continuam firmes e fortes juntos, vendendo suplementos, fazendo caminhadas e escaladas com seus seguidores e segundo o filhão, o “culto” do pai tá crescendo. E a gente sabe onde os cultos americanos vão parar.
NOTA: