Nada como terminar um ano longo (hoje é o dia 366 de 2024) com um documentário bom sobre um grande ídolo.
Elton John, Never Too Late, disponível no Disney+, foi construído e pensado enquanto o maior pianista do rock escrevia suas memórias e deu várias entrevistas a um jornalistas que foram gravadas.
Essas gravações são a base do roteiro e da narração deste filme que conta (mais uma vez) a história de vida de Elton Hercules John, de menino tadinho com uma família detonada ao rockstar mais malucão do rock.
Quer dizer, um dos mais malucões.
Tanto que Elton fala muito do período enorme que ele foi viciado em cocaína e que quase acaba com sua vida e sua carreira.
Não vou fazer piada da carreira que acaba com a carreira, prometo.
O legal do filme é ver o quanto Elton John hoje em dia é ligado a sua família, seu marido e seus dois filhos.
E o quanto sua história foi sempre marcada por suas histórias familiares, para o mal, antigamente, e para o bem hoje em dia.
Outra coisa legal é entender o quanto tudo o que ele trabalhou nos anos 1970, compondo, lançando discos e fazendo shows moldou não só sua história mas também a história da música pop.
Como no documentário sobre Phil Collins, é lindo ver todo o arquivo de fotos e vídeos que Elton disponibilizou, ver a história bem documentada (ou tão bem quanto possível) e entender os detalhes de vários momentos de sua vida e carreira.
O filme tem um ponto de ligação de passado e (futuro) presente, que dá sentido a toda história.
Elton John explodiu nos EUA no início dos anos 1970 com um show que ele fez no estádio dos Dodgers, em Los Angeles, abarrotado por mais de 100 mil pessoas.
Em 2022 Elton anuncia (de novo) sua aposentadoria dos palcos depois de uma turnê mundial onde o último show será no mesmo estádio dos Dodgers, meio que 50 anos depois.
E o roteiro aponta muito o nervosismo de Elton para este último show, tanto quanto foi o nervosismo dele lá no primeiro show, fechando com chave de ouro um círculo perfeito mas cheio de altos e baixos que foram os responsáveis por uma das carreiras mais lindas e criativas e bem sucedidas da música.
O ponto alto de Elton John: Never Too Late são as imagens de um dos mais icônicos shows da história, na noite de Ação de Graças de 1974, Elton John, em um Madison Square Garden lotadaco, chama como convidado ninguém menos que John Lennon, longe dos palcos desde 1966, no que é conhecido até hoje como a maior gritaria em um show. Fora que a gente assiste o antes e o depois, a jogação, as drogas e o reencontro de Lennon com Yoko Ono, que resultou no casamento e depois nascimento de Sean Lennon, de quem Elton é padrinho.
Como no documentário sobre Phil Collins, é lindo ver todo o arquivo de fotos e vídeos que Elton disponibilizou, ver a história bem documentada (ou tão bem quanto possível) e entender os detalhes de vários momentos de sua vida e carreira.
NOTA: