The Glassworker, O Vidreiro, é o filme indicado pelo Paquistão para uma vaga ao Oscar 2025 de filme internacional.
Além de ser o primeiro longa de animação do Paquistão, o que me chamou a atenção, o que tanto me animou no filme foi que seria a história de um vidreiro durante pacifista durante uma guerra.
Como grande fã da série da Netflix Blown Away, uma competição de vidreiros, agradeci aos deuses do cinema.
Só que mais uma vez eu confirmo que não me atraem muito animações com cara de filmes adultos mas que no fundo são muito infantis.
A história do vidreiro e seu filho que são pacifistas radicais (como devem mesmo ser) durante uma guerra, em uma cidade dominada por militares, enquanto fazem esculturas de vidro, é tão rasa e tão óbvia que por vezes quase abandonei o filme.
O filho do vidreiro pacifista desde pequeno se aproxima da filha do general da guerra, uma violinista/artista que entende o menino, enquanto sua mãe é uma fascistóide e o pai um cara do mal mas com um pé na arte, encorajando o lado musical da filha.
O pseudo Romeu e Julieta da guerra, feito de uma forma tão linda mas com um DNA de cópia que fez de O Vidreiro um filme com cara de animação japonesa, mas sem a alma e principalmente sem o roteiro apurado de uma animação do Estúdio Ghibli, por exemplo.
O drama do filme é de desenho animado infantil mesmo, mas o universo criado, meio distópico, poderia ter sido levado a níveis mais ousados, principalmente de roteiro, o que levaria O Vidreiro a níveis geniais.
NOTA: 1/2